Direito e Narrativa: Uma análise dos discursos raciais em decisões judiciais

Revista Avesso: Pensamento, Memória e Sociedade

Endereço:
Rua Monte Alegre 984 - Perdizes
São Paulo / SP
05014901
Site: https://revistas.pucsp.br/index.php/avesso/index
Telefone: (11) 9821-8389
ISSN: 2675-8253
Editor Chefe: Gustavo Ruiz da Silva
Início Publicação: 01/12/2020
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Multidisciplinar

Direito e Narrativa: Uma análise dos discursos raciais em decisões judiciais

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Yasmine Mafulde
Autor Correspondente: Y. Mafulde | [email protected]

Palavras-chave: Roland Barthes; Teoria Crítica; Direito; Narrativa; Raça

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No presente artigo será trabalhado o conceito de narrativa à luz da teoria do autor Roland Barthes, que serviu de base para que autores da teoria crítica do direito criassem novos modos de interpretação de textos jurídicos de forma a dissolver o sujeito neutro e universal: o homem branco heterossexual. Para fins práticos analisaremos duas decisões da Suprema Corte dos Estados Unidos, para ilustrar como a ideia de raça foi sendo construída historicamente nas decisões judiciais e de que maneiras o judiciário utilizou-se do discurso da universalidade, da neutralidade e da imparcialidade para perpetuar a dominação racial.



Resumo Inglês:

The present paper will work on the concept of narrative given by Roland Barthes’s theory, which was an important basis for authors of the critical theory of law to create new methods of interpreting judicial texts in a way of dissolving the neutral and universal subject: the white heterosexual man. For practical reasons we will analyze two U.S. Supreme Court decisions to illustrate how the idea of race has been constructed historically in judicial rulings and in which ways the judiciary has been using the discourse of universality, neutrality and impartiality to perpetuate the racial domination.