DIMENSÕES GEOPOLÍTICAS E AMBIENTAIS DOS BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL

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ISSN: 19800894
Editor Chefe: Emilia Satoshi Miyamaru Seo
Início Publicação: 31/07/2006
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

DIMENSÕES GEOPOLÍTICAS E AMBIENTAIS DOS BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL

Ano: 2012 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Jose Maria Alves Godoi, Silvio Oliveira Junior, Patricia Helena Matai
Autor Correspondente: Jose Maria Alves Godoi | [email protected]

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Partindo da concepção de biomassa e dos elementos determinantes da sua produtividade, abarcando a contabilidade
emergética, com os fluxos de energia solar, e a disponibilidade de áreas territoriais, o presente trabalho
faz uma análise sintética da evolução, e das dimensões geopolíticas e ambientais dos biocombustíveis no
Brasil. No desencadeamento dessa análise, evidenciam-se as vantagens competitivas do país, por exemplo,
no bioetanol da cana-de-açúcar, a sua concentração na região Centro-Sul e o balanço energético significativamente
favorável deste biocombustível em relação ao oriundo de outras biomassas, como, por exemplo, do
milho, da beterraba açucareira, etc. No estudo, também se destaca a baixa densidade geopolítica dos bioóleos
e do metano solar (biogás) através do território nacional, o difícil balanço energético dos primeiros para a
produção de biodiesel, colocando este na fronteira de se tornar um combustível fóssil.
O exame da geopolítica também descortina as questões do uso dos biocombustíveis nas comunidades isoladas
da Amazônia e da educação tecnológica e gerencial para a formação dos empreendedores pelo interior
do país, o que se constitui numa política pública fundamental para a reprodutibilidade e a confiabilidade do
padrão da qualidade especificado, por exemplo, na produção do biodiesel a ser utilizado em motores.
O artigo ainda expõe e debate as dimensões ambientais dos biocombustíveis e suas alternativas de serem
transformadas em dimensões econômicas capitalizadas por meio da venda de créditos de carbono, conforme
previsto no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto. Ponderações relevantes
também são feitas no trabalho acerca das vantagens do uso dos biocombustíveis líquidos no setor de transportes,
principalmente no ambiente atual de intensa poluição atmosférica nas grandes cidades brasileiras.
Finalmente, o artigo suscita políticas públicas integradas, que estabeleçam condições propícias à sustentabilidade
e à longevidade dos biocombustíveis como novos sistemas energéticos, os quais tragam melhoria à
qualidade de vida e vantagem competitiva ao país.