O artigo aborda a desigualdade de gênero no funcionalismo público brasileiro, com foco na representação política em Salvador (BA), visando identificar os fatores históricos, sociais e institucionais que obstaculizam a ascensão feminina nos cargos de chefia e gestão. Dessa forma, a pesquisa é de cunho qualitativo, com abordagem bibliográfica, fundamentada em contribuições de autores dedicados à administração pública, aos estudos de gênero e às políticas públicas. Nesse sentido, os resultados apontam que, embora tenha ocorrido avanços institucionais nas últimas décadas, ainda há um déficit no que se refere ao espaço ocupado pela figura feminina em funções de liderança no serviço público, em relação à expressiva presença dos homens, especialmente no contexto soteropolitano. Vale ressaltar que condições culturais e históricas reforçam tal desigualdade. Em vista disso, é indiscutível que, a ampliação da presença das mulheres na gestão pública, demanda políticas de ação afirmativa, reformulação das normas e práticas institucionais e envolvimento efetivo da sociedade, em geral.