(DE)COLONIZAÇÃO DO CURRÍCULO: o desafio de movimentar o magma das estruturas coloniais para possibilitar uma ecologia de saberes

Revista Espaço do Currículo

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

(DE)COLONIZAÇÃO DO CURRÍCULO: o desafio de movimentar o magma das estruturas coloniais para possibilitar uma ecologia de saberes

Ano: 2023 | Volume: 16 | Número: 3
Autores: B. M. Queiroz, D. G. da Conceição
Autor Correspondente: B. M. Queiroz | [email protected]

Palavras-chave: decolonialidade, antirracismo, cotidiano

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo traz discussões sobre (de)colonialidade, racismo, narrativas do cotidiano e infâncias a partir da temática do currículo e da educação. O que se propõe é pensar sobre a relevância de nos considerarmos sujeitos de nossa própria história para que, em diálogo com as narrativas infantis apresentadas e com os debates decoloniais possamos pensar táticas e fazeres antirracistas, compreendendo os modos a partir dos quais a ordem colonial opera em nossas subjetividades. Assim, indicam-se possibilidades de se pensar uma produção de conhecimentos que aponte para uma ecologia de saberes (SANTOS, 2013) tecida nas microesferas da sala de aula. Tudo isso, inspira-se nas proposições, metodologias e questões apontadas no trabalho de conclusão de curso intitulado “(De)colonização das infâncias: por uma epistemologia cotidiana das crianças negras”, que conta metodologicamente com a narrativa autobiográfica, a pesquisa com os cotidianos e a metodologia de conversas, aspectos que permeiam a escrita do artigo. Seus resultados colaboram para a ressignificação das infâncias negras a partir de janelas interculturais encontradas no cotiando escolar e inspira reflexões pedagógicas acerca do papel da escola na promoção de práticas que contribuam para a produção de subjetividades resistentes e não silenciadas.



Resumo Inglês:

This article brings discussions on (de)coloniality, racismo, everyday narratives, and childhood within the contexto of curriculum and education. The proposal is to reflect on the relevance of considering ourselves as subjects of our own history so that, in dialogue with children's narratives presented and decolonial debates, we can think of anti-racist tactics and practices, understanding the ways in which the colonial order operates in our subjectivities. Thus, possibilities are indicated for thinking about knowledge production that points to an ecology of knowledges (SANTOS, 2013) woven in the microspheres of the classroom. All of this is inspired by the propositions, methodologies, and questions raised in the undergraduate thesis entitled "Decolonizing Childhood: Towards an Everyday Epistemology of Black Children," which methodologically relies on autobiographical narrative, research on everyday experiences, and conversational methodology, aspects that permeate the article's writing. Its results contribute to the redefinition of black childhoods through intercultural perspectives encountered in the school context, and inspire pedagogical reflections on the role of the school in promoting practices that contribute to the production of resistant and non-silenced subjectivities.



Resumo Espanhol:

Este artículo presenta discusiones sobre (de)colonialidad, racismo, narrativas cotidianas e infancias desde la temática del currículo y la educación. Lo que se propone es reflexionar sobre la relevancia de considerarnos sujetos de nuestra propia historia para que, en diálogo con las narrativas infantiles presentadas y los debates decoloniales, podamos pensar en tácticas y prácticas antirracistas, comprendiendo los modos en que el orden colonial opera en nuestras subjetividades. Así, se indican posibilidades para pensar en una producción de conocimientos que apunte hacia una ecología de saberes (SANTOS, 2013) tejida en las microesferas del aula. Todo esto se inspira en las proposiciones, metodologías y cuestiones señaladas en el trabajo de fin de curso titulado "(De)colonización de las infancias: hacia una epistemología cotidiana de los niños y niñas negros/as", que metodológicamente cuenta con la narrativa autobiográfica, la investigación de las experiencias cotidianas y la metodología de conversaciones, aspectos que impregnan la escritura del artículo. Sus resultados contribuyen a la resignificación de las infancias negras a través de las ventanas interculturales encontradas en el entorno escolar e inspiran reflexiones pedagógicas sobre el papel de la escuela en la promoción de prácticas que contribuyan a la producción de subjetividades resistentes y no silenciadas.