Da Revolta da Vacina ao povo sem vacina contra a Covid-19 reflexões sobre pandemia, raça e exclusão social.

Aurora (UNESP. Marília)

Endereço:
Av. Hygino Muzzi Filho, 737 Bairro: Mirante CEP: 17.525-000 - Marília, SP - Mirante
Marília / SP
17525-000
Site: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/index
Telefone: (14) 3402-1300
ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Da Revolta da Vacina ao povo sem vacina contra a Covid-19 reflexões sobre pandemia, raça e exclusão social.

Ano: 2021 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: Alexandre Braga ;Vitória Régia Izaú
Autor Correspondente: Alexandre Braga | [email protected]

Palavras-chave: Covid 19. exclusão social. Pandemia. Periféricos. povos negros.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

 

 As cidades brasileiras não foram construídas tendo como foco a classe trabalhadora. Ao contrário, a base orientadora das grandes metrópoles fora o olhar eurocêntrico, tendo como mitos organizacionais, cidades como Paris e Washington. Este artigo se inscreve nos marcos analíticos críticos que trazem à memória o inestimável legado do geógrafo MILTON SANTOS (2013), as críticas ao direito à cidade DE HENRI LEFÉBVRE (2020), DAVID HARVEY (2015), e ainda considerando as contribuições de VERA TELLES (2009), EVELINE TREVISAN (2012), e de ADCHILLE MBEMBE (2016), quanto a importância do conceito de Necropolítica que é salutar ao tema, trazendo também algumas observações acerca da corrente sociológica da Escola de Chicago, como contraponto ao seu ideário sobre o que é cidade. Longe de se esgotar o tema, o artigo objetiva contribuir para narrativas negras a respeito do rebatimento da pandemia causada pelo COVID-19, revisitando o passado e conduzindo-nos para esperançar o futuro, com base na resistência e construção de estratégias de aquilombamento, frente aos inúmeros ataques à democracia e aos direitos sociais, especialmente desde o golpe de 2016. Há que se pensar que a exclusão social, territorial, histórica e econômica não são questões estanques e muito menos alijadas de outros debates, na medida em que a grave questão sanitária iniciada em 2020 guarda inúmeras questões que ensejaram a luta pela vacina, num giro histórico que demarca desde à Revolta da Vacina, à luta pela dignidade e respeito às populações trabalhadoras e periféricas. No que viver nas cidades brasileiras, tendo a pele preta, como ocorre com ambos os autores deste artigo, requisita cada dia mais, reflexões sobre o momento presente, formulando questões em conexão ao passado.



Resumo Inglês:

 

The Brazilian cities were not built highlight for on a working class. However, that our orientation was built closest of highest metropolis in Eurocentric focus. Having as the organizational myth that cities as Paris and Washington. That article inscribes in the analytic parameters that bring us in memories of the invaluable legacy of geographer MILTON SANTOS (2013), that criticism for law of city of HENRI LEFÉBVRE (2020), DAVID HARVEY (2015), and so on the considerations raided for VERA TELLES (2009), EVELINE TREVISAN (2012) and the ACHILLE MBEMBE (2016), in relation the importance to the Necropolitics theory, that is beneficial to the theme, bringing up some observations about the sociologic row of Chigaco School as a counterpoint to your sourcebook that what is city. Far from discussing the topic, this article craves to contribute of black narratives about respect of fighting of Covid pandemic, revisiting the past and entail us to hope the future from grounding in the resistance and elaborate strategies of aquilombamento would clash the broad attacks for democracy and human rights, especially since of the attempt in 2016. There is think that in social exclusion as territorial, historic and economic not the watertight questions and least other debates since in that sanitary crisis released in 2020 carries out countless questions that prioritize the strive for the vaccine at a historic scenario which must be tagged until “Revolta da Vacina” episode goes to the fight of dignity and respect for work and peripheral populations. In lives in the cities of Brazil as having black skin, that occurs of this both author, require more and more day reflexive analyses of the current moment issues formulating in connection in the past.