Entende-se a monogamia como um sistema hegemônico da forma e gestão dos afetos, corpos e desejos, para com nós mesmes, assim como para com as nossas relações com as outres (sejam seres vivos humanos ou não). Pretende-se neste estudo, realizar uma análise teórica do que seria a monogamia como estrutura e sistema hegemônico ético-político-afetivo e as suas relações com a saúde, especificamente com a violência de gênero, doméstica e intrafamiliar. Perceba-se que ainda hoje se tem o imaginário dos feminicídios serem crimes passionais, o qual é em decorrência da construção do amor romântico dentro da monogamia, sendo os parceiros íntimos (homem cis hetero) os principais agressores das mulheres.