Da ideologia ao poder: reflexões sobre o paradigma da humanização policial militar no Brasi

Revista Ciências da Sociedade

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ISSN: 25943987
Editor Chefe: RUBENS ELIAS DA SILVA, JARSEN LUIS CASTRO GUIMARÃES
Início Publicação: 31/05/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Recursos Florestais e Engenharia Florestal, Área de Estudo: Recursos Pesqueiros e Engenharia da Pesca, Área de Estudo: Recursos pesqueiros e engenharia de pesca, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Arqueologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Comunicação, Área de Estudo: Engenharia ambiental, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Multidisciplinar

Da ideologia ao poder: reflexões sobre o paradigma da humanização policial militar no Brasi

Ano: 2017 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Fábio Gomes de França
Autor Correspondente: F.G.de França | [email protected]

Palavras-chave: Polícia militar, humanização policial, ideologia, controle social

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo diz respeito a reflexões teóricas, no campo sociológico, sobre o paradigma da humanização policial militar em nosso país. Nossa argumentação parte da visão de que as práticas das Polícias Militares (PMs) atualmente não podem ter como modelo explicativo a visão althusseriana de “aparelhos repressivos de Estado”, diante do fenômeno da humanização policial. Neste caso, poderíamos até considerar as PMs como “aparelhos ideológicos” e não apenas repressivos de Estado por meio da humanização policial, mas tratar este assunto pelo viés ideológico seria desconsiderar que a imagem humanizadora das PMs está eivada por relações estratégicas de poder. Tais relações têm sustentado uma imagem que permitiu certa “aceitação” das Polícias Militares nas comunidades periféricas pelo reconhecimento do discurso humanizador PM. Por fim, o que está em jogo é um controle social mais sofisticado das populações periféricas por meio de uma “sociabilidade estratégica”, a partir da qual saber e poder se entrelaçam para garantir a dominação estatal pela cooperação dos próprios dominados.



Resumo Inglês:

This article concerns theoretical reflections on the paradigm of military police humanization in our country in the sociological field. Our argument is based on the view that, currently, the practices of the Military Police (MP) can not have as explanatory model the Althusserian view of “repressive apparatuses of State” because of the phenomenon of police humanization. In this case, the MPs would be seen as “ideological apparatuses” instead of state repressive apparatuses. Yet, is not possible to explain the police humanization by the ideological bias because that phenomenon is surrounded by strategic power relations. These relations have sustained an image that allowed some “acceptance” of the MilitaryPolice in the peripheral communities by the recognition of the MP humanizing discourse. Finally, what is at stake is a more sophisticated social control of the peripheral populations. As a result we have a “strategic sociability” from which knowledge and power can be interwoven to guarantee the state domination by the cooperation of the dominated for themselves.