CURRÍCULO E (DE)COLONIALIDADE: A POTÊNCIA DECOLONIAL EM ESCOLAS COM BAIXO IDEB

Série-Estudos

Endereço:
Avenida Tamandaré, n. 6000 - Bairro Jardim Seminário
Campo Grande / MS
79117-900
Site: https://www.serie-estudos.ucdb.br/serie-estudos
Telefone: (67) 3312-3598
ISSN: 2318-1982
Editor Chefe: José Licínio Backes
Início Publicação: 12/06/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

CURRÍCULO E (DE)COLONIALIDADE: A POTÊNCIA DECOLONIAL EM ESCOLAS COM BAIXO IDEB

Ano: 2021 | Volume: 26 | Número: 57
Autores: Ruth Pavan, Sirley Lizott Tedeschi
Autor Correspondente: Ruth Pavan | [email protected]

Palavras-chave: currículo; decolonialidade; escola

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo, fruto de projeto de pesquisa com apoio do CNPq, pretende mostrar, por meio da análise de entrevistas com professoras e professores que atuam em escolas públicas com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que há potência decolonial em escolas (des) classificadas pelas avaliações em larga escala como tendo baixa qualidade. Inicialmente, fazemos uma discussão do currículo e da colonialidade. Em seguida, trazemos as incursões metodológicas, com destaque para a escolha dos sujeitos e para o instrumento de coleta de dados, articulandoas com a concepção teórica, pautada em autores do campo crítico, sobretudo em autores da decolonialidade. Segue, então, a análise da pesquisa de campo. Por fim, apresentamos algumas conclusões, de caráter provisório, pois entendemos, juntamente dos autores e das autoras que trazemos neste artigo, que tanto o conhecimento quanto o currículo são campos dinâmicos, portanto, sem possibilidade de oferecer conclusões definitivas e fechadas. As falas analisadas das professoras e dos professores situam-se, ainda que de forma tênue, na perspectiva da denúncia, ao criticarem o racismo e o currículo oficial, mas também se situam na perspectiva das alternativas ao inserirem o contexto e a realidade dos alunos, vendo neles conhecimentos importantes a serem incluídos no currículo.



Resumo Inglês:

This paper, resulting from a research project supported by the CNPq, intends to show, through the analysis of interviews with teachers who work in public schools with a low Basic Education Development Index (IDEB), that there is decolonial power in schools (dis)classified by large scale evaluations as having low quality. Firstly, we discuss the curriculum and coloniality. Secondly, we present the methodological incursions, with an emphasis on the selection of the subjects and the data collection instrument, articulating them with the theoretical conception, based on authors from the critical field, particularly, on authors of decoloniality. Then, the analysis of the field research follows. Finally, we present some provisional conclusions, since, like the authors mentioned in this paper, we understand that both knowledge and the curriculum are dynamic fields, therefore, there is no possibility of offering definitive and closed conclusions. Although in a tenuous way, the teachers’ speeches pointed out a view of denunciation by criticizing racism and the official curriculum, but they also showed a perspective of alternatives by including the students’ context and reality and seeing both as important knowledge to be included in the curriculum.



Resumo Espanhol:

El artículo, resultado de un proyecto de investigación con apoyo del CNPq, pretende mostrar, por medio del análisis de entrevistas con profesoras y profesores que actúan en escuelas públicas con bajo Índice de Desarrollo de la Educación Básica (IDEB), que existe un potencial decolonial en escuelas (des)clasificadas por las evaluaciones a gran escala como de baja calidad. Inicialmente, hacemos una discusión del plan de estudio y de la colonialidad. Luego, traemos las incursiones metodológicas, con énfasis en la elección de los sujetos y en el instrumento de recolección de datos, articulándolas con la concepción teórica, basada en autores del campo crítico, pero sobre todo en autores de la decolonialidad. Sigue, entonces, el análisis de la investigación de campo. Finalmente, presentamos algunas conclusiones, de carácter provisorio, porque entendemos junto con los autores y autoras que traemos en este artículo, que tanto el conocimiento como el plan de estudio son campos dinámicos, por lo tanto, sin posibilidades de ofrecer conclusiones definitivas y cerradas. Los discursos analizados de las profesoras y profesores se sitúan, todavía de manera tenue, en la perspectiva de la denuncia al criticar el racismo y el plan de estudio oficial, pero también se sitúan en la perspectiva de alternativas al introducir el contexto y la realidad de los alumnos, viendo en ellos conocimientos importantes que deben incluirse en el plan de estudio..