Crianças em pesquisas que se arriscam, riscam e dão passagem a abordagens metodológicas brincantes

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

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ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Crianças em pesquisas que se arriscam, riscam e dão passagem a abordagens metodológicas brincantes

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Alexsandro Rodrigues, Pablo Cardozo Rocon, Steferson Zanoni Roseiro, Victor Antenor Ferrari Nodari
Autor Correspondente: Alexsandro Rodrigues | [email protected]

Palavras-chave: Crianças, pesquisas, abordagens metodológicas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Encontrar-se com uma criança – real, imaginária, fictícia, fabulada, memória ou tudo isso – é sempre dar-se a um turbilhão de palavras, afetos e afecções de horas antigas e das que nos envolvem no aqui-agora. É se colocar em movimentos brincantes por meio de cenas, imagens, memórias, ficções, fabulações, histórias, discursos e narrativas por onde a vida – que não deveria precisar de autorização para o existir – transborda. Encontrar-se com uma criança é da ordem do tempo, da fragilidade e da criação de forças, de conversas, de bagunças e brincadeiras, e é exatamente isso o que nos faz ocupar essa escrita arisca. Com os limites de nossas apostas e intenções, com as frágeis metodologias de pesquisas e nossas formas de fazer, tecer e problematizar a produção que qualificamos por conhecimento, junto às (contra) metodologias desenvolvidas nos cotidianos, a multiplicidade e a complexidade dos saberes tecidos e (des)tecidos no plano de imanência da vida nos faz olhar de novo para o que supúnhamos já saber e conhecer. Os estudos e pesquisas com os cotidianos nos ajudam a compreender o que temos de mais íntimo, ou seja, nossas vidas, nossas existências e experiências. E, a nosso ver, nada nos lembra mais da multiplicidade da força da vida que nossos encontros com a vida crianceira que se esgueira em nossas existências. Se há um método que se afirma demasiado científico e que busca as grandes premiações e o reconhecimento universal (GAZETA DO POVO, 2017), há, decerto, outras abordagens e aproximações com outros tipos de interesses e de usos. Essas seriam, talvez, (contra) metodologias tal qual Foucault (2010) anunciava em seu curso Em defesa da sociedade como um conjunto de saberes sujeitados que, de repente, veem-se lado a lado e são então capazes de fazer insurreição.



Resumo Inglês:

To meet a child - real, imaginary, fictional, fabled, memory or all that - is always to indulge in a whirlwind of words, affections and affections from ancient times and those that involve us in the here-now. It is putting yourself in playful movements through scenes, images, memories, fictions, fabulations, stories, speeches and narratives where life - which should not need authorization to exist - overflows. Meeting with a child is the order of time, fragility and the creation of strength, conversation, mess and play, and that is exactly what makes us occupy this skittish writing. With the limits of our bets and intentions, with the fragile research methodologies and our ways of making, weaving and problematizing the production we qualify for knowledge, together with the (counter) methodologies developed in our daily lives, the multiplicity and complexity of the woven and (de) fabrics in the plane of immanence of life makes us look again at what we supposed to know and know. Studies and research with everyday life help us to understand what is most intimate, that is, our lives, our existences and experiences. And, in our view, nothing reminds us more of the multiplicity of life force than our encounters with childish life that creeps into our lives. If there is a method that claims to be too scientific and that seeks great prizes and universal recognition (GAZETA DO POVO, 2017), there are certainly other approaches and approaches with other types of interests and uses. These would be, perhaps, (against) methodologies as Foucault (2010) announced in his course In defense of society as a set of subject knowledge that, suddenly, see themselves side by side and are then capable of insurrecting.



Resumo Espanhol:

Conocer a un niño, real, imaginario, ficticio, legendario, de memoria o todo eso, siempre es disfrutar de un torbellino de palabras, afectos y afectos de la antigüedad y aquellos que nos involucran en el aquí y ahora. Significa ponerse en movimientos juguetones a través de escenas, imágenes, recuerdos, ficciones, fabulaciones, historias, discursos y narraciones donde la vida, que no debería necesitar autorización para existir, se desborda. Reunirse con un niño es el orden del tiempo, la fragilidad y la creación de fuerza, conversación, desorden y juego, y eso es exactamente lo que nos hace ocupar esta escritura asustadiza. Con los límites de nuestras apuestas e intenciones, con las frágiles metodologías de investigación y nuestras formas de hacer, tejer y problematizar la producción, calificamos para el conocimiento, junto con las metodologías (contra) desarrolladas en nuestra vida cotidiana, la multiplicidad y complejidad de los tejidos y (de) telas en el plano de la inmanencia de la vida nos hace mirar de nuevo a lo que se supone que sabemos y sabemos. Los estudios e investigaciones con la vida cotidiana nos ayudan a comprender lo más íntimo, es decir, nuestras vidas, nuestras existencias y experiencias. Y, en nuestra opinión, nada nos recuerda más la multiplicidad de la fuerza vital que nuestros encuentros con la vida infantil que se cuela en nuestras vidas. Si hay un método que dice ser demasiado científico y que busca grandes premios y reconocimiento universal (GAZETA DO POVO, 2017), ciertamente hay otros enfoques y enfoques con otros tipos de intereses y usos. Estas serían, quizás, metodologías (en contra) como lo anunció Foucault (2010) en su curso En defensa de la sociedad como un conjunto de conocimientos temáticos que, de repente, se ven uno al lado del otro y luego son capaces de insurreccionar.