CORPOS NEGROS ENEGRECENDO TEATROS

Revista Em Favor de Igualdade Racial

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Site: https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/issue/view/155
Telefone: (68) 9974-5156
ISSN: 2595-4911
Editor Chefe: Flávia Rodrigues Lima da Rocha
Início Publicação: 11/05/2020
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

CORPOS NEGROS ENEGRECENDO TEATROS

Ano: 2022 | Volume: 5 | Número: 3
Autores: Thalita Ferreira Arante de Almeida
Autor Correspondente: Thalita Ferreira Arante de Almeida | [email protected]

Palavras-chave: cia clanm, dança negra, enegrecimento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Como bailarina da Cia. Clanmde dança, participei da estreia do espetáculo “Manifesto Elekô” em abril de 2022, de onde saí com diversas reverberações, que inspiraram esta escrita. A Clanm é uma companhia de danças negras contemporâneas que, no espetáculo citado, se baseia no mito da sociedade matriarcal de Elekô, regida pela Orixá guerreira Obá, para refletimos sobre as vivências de mulheres negras na atualidade. A estreia do espetáculo, que contou com um público majoritariamente negro e feminino, foi seguida por um momento de debate entre plateia e companhia. A partir de temas abordados em tal evento, que caracterizo como uma “situação social” (GLUCKMAN, 2010), promovo reflexões sobre o termo “enegrecimento” com o apoio do texto de Silva (2011); sobre o enegrecimento de espaços artísticos e suas consequências, utilizando, principalmente, o texto de Kilomba (2019); e sobre o papel do compartilhamento de histórias de mulheres negras para a construção de uma subjetividade própria, a partir dos escritos de hooks (2019). Com o objetivo de compartilhar a minha vivência, enquanto artista negra envolvida no exercício do enegrecimento de espaços de produção de arte, elaboro essa prática escrita a partir de uma experiência corporal e emocional própria. Com isso, busco aprofundar as reflexões e questionamentos sobre a ttemática do enegrecimento de espaços artísticos e seus frutos.



Resumo Inglês:

As a dancer for the Cia. Clanm of dance, I participated in the premiere of the show “Manifesto Elekô” in April 2022, from which I left with several reverberations, which inspired this writing. Clanm is a contemporary black dance company that, in the aforementioned show, refers the myth of Elekô's matriarchal society, ruled by the warrior Orixá Obá, to reflect on the experiences of black women today. The premiere of the show, which had a mostly black and female audience, was followed by a moment of debate between audience and company. Based on topics addressed in this event, which I characterize as a “social situation” (GLUCKMAN, 2010), I promote reflections on the term “blackening” with the support of the text by Silva (2011); on the blackening of artistic spaces and its consequences, using mainly the text of Kilomba (2019); and on the role of sharing black women's stories for the construction of our own subjectivity, based on the writings of hooks (2019). With the aim of sharing myexperience, as a black artist involved in the exercise of blackening art production spaces, I elaborate this written practice from my own bodily and emotional experience. With this, I seek to deepen the reflections and questions on the theme of the blackening of artistic spaces and its fruits.