Cordas que tecem a história: identidade e cultura quilombola na Amazônia paraense

Nova Revista Amazônica

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ISSN: 2318-1346
Editor Chefe: César Augusto Martins de Souza
Início Publicação: 01/01/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Cordas que tecem a história: identidade e cultura quilombola na Amazônia paraense

Ano: 2018 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Fabrício Rodrigues dos Santos
Autor Correspondente: F.R. Santos | [email protected]

Palavras-chave: famílias de negros, comunidades quilombolas, afrodescendentes

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

De acordo com a história da região e os relatos de moradores, a localidade faz parte de uma “grande porção de terras em que, no passado, várias famílias de negros fugitivos ou não” habitaram e constituíram seus pequenos grupos familiares a partir do processo de convivência marital. Ressalta-se esta forma de laços familiares, porque as pessoas do lugar ainda apresentam a constituição familiar por meio do que chamam de “viver juntos”. Diga-se que, para a modernidade, seria o casamento. Como as terras eram consideradas “Terras devolutas” da Coroa portuguesa (leia-se terras sem dono), muitos negros passaram a habitar e fazer suas moradias. O lugar trata-se de uma ilha de terra firme em meio aos campos naturais de Tracuateua; antigamente fora conhecida por “Pequena Ilha Ponta da areia”. Neste período, para se acessar a localidade, havia um caminho que até hoje existe no lugar, agora denominado de “Pontinha” – também terra de negros. Consta que os moradores iniciais descendem das Famílias Gomes, Rosário e Monteiro; consideradas famílias de precursores de outras comunidades quilombolas de Tracuateua (exemplo, Torre e Cigano), das quais surgiram os primeiros desbravadores da Ilha/Pontinha, sendo que, ao longo dos anos; outras famílias de traços nordestinos e indígenas também passaram a fazer parte do território. Porém sempre conheceram a localidade como sendo de cunho tradicional, oriunda de povos negros da região de campos de Tracuateua. Neste ínterim, outras pessoas também oriundas das comunidades de remanescentes: Jurussaca e Cigano migraram para a Ilha, estabeleceram propriedades e formaram famílias. Contudo, este contexto sócio-histórico já está visibilizado como um território Afrodescendente. A intenção é compreender como as famílias de remanescentes estão constituindo seu território, considerando os aspectos ancestrais e as ponderações da modernidade. esta pesquisa se afirma por meio de métodos qualitativos (CHIZZOTTI, 2003).



Resumo Espanhol:

De acuerdo con la historia de la región y los relatos de moradores, la localidad forma parte de una "gran porción de tierras donde, en el pasado, varias familias de negros fugitivos o no" habitaron y constituyeron sus pequeños grupos familiares a partir del proceso de convivencia marital. Se resalta esta forma de lazos familiares, porque las personas del lugar todavía presentan la constitución familiar por medio de lo que llaman "vivir juntos". Se dice que, para la modernidad, sería el matrimonio. A medida que las tierras se consideraron "terrenos baldíos" de la corona portuguesa (leer tierra sin dueño), muchos negros comenzaron a moverse y hacer sus viviendas. El lugar se trata de una isla de tierra firme en medio de los campos naturales de Tracuateua; antiguamente había sido conocida por "Pequeña Isla Punta de la arena". En este período, para acceder a la localidad, había un camino que hasta hoy existe en el lugar, ahora denominado "Pontinha" - también tierra de negros. Consta que los moradores iniciales descenden de las Familias Gomes, Rosario y Monteiro; que se consideran familias de precursores de otras comunidades quilombolas de Tracuateua (ejemplo, Torre y Gitano), de las cuales surgieron los primeros conquistadores de la Isla / Pontinha, siendo que, a lo largo de los años; otras familias de rasgos nordestinos e indígenas también pasaron a formar parte del territorio. Pero siempre conocieron la localidad como de cuño tradicional, oriunda de pueblos negros de la región de campos de Tracuateua. En el ínterin, otras personas también oriundas de las comunidades de remanentes: Jurussaca y Gitano migraron a la Isla, establecieron propiedades y formaron familias. Sin embargo, este contexto socio-histórico ya está visibilizado como un territorio Afrodescendiente.