O agronegócio brasileiro é um dos principais pilares da economia nacional, destacando-se na geração de empregos, exportações e segurança alimentar global. Apesar de seu protagonismo, a elevada dependência de agroquímicos representa sérios riscos à saúde humana e ao meio ambiente. O Brasil lidera o consumo global de pesticidas, com cerca de 719,5 mil toneladas utilizadas em 2021. Diante desse cenário, práticas alternativas sustentáveis ganham destaque, especialmente o Controle Biológico (CB), o Manejo Integrado de Pragas (MIP) e o Manejo Ecológico de Pragas (MEP). O Controle Biológico utiliza inimigos naturais como predadores, parasitoides e patógenos para reduzir populações de pragas de forma seletiva e ambientalmente segura. No Brasil, esse método apresenta histórico expressivo, como o uso do baculovírus no controle da lagarta-da-soja e o sucesso do parasitoide Cotesia flavipes no combate à broca-da-cana. Biofábricas têm impulsionado a produção massal desses agentes, consolidando o país como referência mundial. Paralelamente, o MIP, originado na década de 1950, busca equilibrar técnicas de controle químico, biológico e cultural, mantendo as pragas em níveis economicamente aceitáveis. A evolução do MIP para o MEP incorpora ainda mais princípios ecológicos e sustentabilidade, promovendo práticas agrícolas mais resilientes. A crescente demanda por alimentos seguros e a pressão por práticas ambientalmente responsáveis justificam a adoção e expansão dessas abordagens. O mercado brasileiro de biológicos cresce a taxas superiores a 15% ao ano, refletindo uma mudança estrutural no modelo de produção agrícola, com ênfase na redução de agroquímicos e na valorização da biodiversidade.