O artigo analisa a exclusão das mulheres do espaço político brasileiro contemporâneo, tomando como caso exemplar a trajetória da ex-presidenta Dilma Rousseff, alvo de um processo de deslegitimação simbólica baseado em sua associação com a histeria, mecanismo historicamente utilizado para controlar e banir o feminino que rompe com padrões normativos de gênero. A pesquisa foca na análise discursiva de matérias jornalísticas que retratam Dilma como desequilibrada e indesejável, culminando em seu banimento do jantar do Grupo Prerrogativas, em 2021. O texto relaciona esses episódios com o conceito de claustro da histeria, mostrando como a misoginia estrutura a exclusão feminina do poder por meio de discursos que unem desumanização, controle social e violência simbólica. A partir do exposto, serão analisadas as matérias “Uma presidente fora de si” (IstoÉ), “Dilma, a vigarista, merecia virar sucessora de Maria I, a Louca” (Veja) e “Dilma virou moribunda como um zumbi e ninguém quer seu retorno ao poder” (Folha de São Paulo), relacionando-as ao não convite ao jantar.
This article analyzes the exclusion of women from contemporary Brazilian political space, taking as an exemplary case the trajectory of former president Dilma Rousseff, the target of a process of symbolic delegitimization based on her association with hysteria, a mechanism historically used to control and banish the feminine that breaks with normative gender standards. The research focuses on the discursive analysis of journalistic articles that portray Dilma as unbalanced and undesirable, culminating in her banishment from the Grupo Prerrogativas dinner in 2021. The text relates these episodes to the concept of the cloister of hysteria, showing how misogyny structures the exclusion of women from power through discourses that combine dehumanization, social control, and symbolic violence. Based on the above, the articles “A president out of her mind” (IstoÉ), “Dilma, the swindler, deserved to become the successor of Maria I, the Mad” (Veja) and “Dilma became moribund like a zombie and no one wants her back in power” (Folha de São Paulo) will be analyzed, relating to the non-invitation to the dinner.
El artículo analiza la exclusión de las mujeres del espacio político brasileño contemporáneo, tomando como caso ejemplar la trayectoria de la expresidenta Dilma Rousseff, blanco de un proceso de deslegitimación simbólica a partir de su asociación con la histeria, mecanismo históricamente utilizado para controlar y desterrar lo femenino que rompe con los estándares normativos de género. La investigación se centra en el análisis discursivo de artículos periodísticos que retratan a Dilma como desequilibrada e indeseable, culminando con su destierro de la cena del Grupo Prerrogativas en 2021. El texto relaciona estos episodios con el concepto de claustro de la histeria, mostrando cómo la misoginia estructura la exclusión de las mujeres del poder a través de discursos que combinan deshumanización, control social y violencia simbólica. Con base en lo anterior, se analizarán los artículos “Una presidenta fuera de sí” (IstoÉ), “Dilma, la estafadora, merecía ser la sucesora de María I, la Loca” (Veja) y “Dilma quedó moribunda como un zombi y nadie la quiere de vuelta en el poder” (Folha de São Paulo), relacionados con la no invitación a la cena.
