A construção de um projeto de pesquisa na perspectiva da complexidade

Reflexão e Ação

Endereço:
Avenida Independência, 2293 - Bloco 10, Sala 1020A - Universitário
Santa Cruz do Sul / RS
96815-900
Site: http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/index
Telefone: (51) 3717-7543
ISSN: 1982-9949
Editor Chefe: Cheron Zanini Moretti
Início Publicação: 31/10/1990
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

A construção de um projeto de pesquisa na perspectiva da complexidade

Ano: 2013 | Volume: 21 | Número: 2
Autores: N. M. C. Pellanda, D. M. Boettcher
Autor Correspondente: N. M. C. Pellanda | [email protected]

Palavras-chave: complexidade, autopoiesis, ontoepistemogenese, II Cibernética

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo propõe o termo de ontoepistemogênese para designar o processo de complexificação de um sujeito, que, ao se acoplar com seu ambiente, transforma-se de forma integral com repercussões em todas as dimensões de seu ser. O processo de ontoepistemogênese, na perspectiva autopoiética, nos forçou a pensar em termos de auto-construção como inseparável dos processos de fluxo vital e imbricamento contínuo do ser, tanto no que se refere aos processos internos como externos. Nesse sentido, o processo de tratamento dos dados da pesquisa no Projeto GAIA (Grupo de Ações e Investigações Autopoiéticas) procura contemplar sempre as operações cognitivo/afetivas de cada membro do grupo. Assim, os seres humanos constroem sua ontoepistemogênese no processo de resposta inventiva às perturbações externas e através de uma energização que é resultado das conexões e pertencimento às redes. Para levar a cabo tal tarefa recorremos, fundamentalmente, às linhas mestras que estão configurando o paradigma da complexidade, como têm sido expressadas, principalmente, por Edgar Morin e Clara da Costa Oliveira, focando, basicamente, nos pressupostos da II cibernética com seus desdobramentos na Biologia da Cognição, através de seu conceito central-autopoiesis.



Resumo Inglês:

This article proposes the term ontoepistemogênese to designate the process of complexification of a subject, which, when coupled with its environment, becomes integrated with repercussions in all dimensions of the human being. The process of ontoepistemogênese in an autopoietic perspective, forced us to think in terms of self-construction as inseparable from processes and overlapping continuous vital flow of being, both in relation to internal and external processes. In this sense, the process for handling research data in the Project GAIA seeks always to address autopoietic cognitive/affective operations in each member of the group. Thus, humans build their inventive process of ontoepistemogênese in response to external disturbances and through a power, which is a result of the connections and belonging to the networks. To carry out such a task we searched mainly to the guidelines that are setting the paradigm of complexity, as has been expressed mainly by Edgar Morin (Morin, 1991) and Clara da Costa Oliveira, (1999, 2004, 2005). In addition, among other researchers in the same field, we used Humberto Maturana and Francisco Varela to construct a set of operative elements, which led us to the understanding of life, by bringing the principle of self-organization and, more specifically, the concept of autopoiesis to understand this dense web of relations that constitute the living system.



Resumo Espanhol:

En este artículo se propone el término ontoepistemogénese para designar el proceso de complejización de un sujeto, que, al se acoplar con su entorno, se transforma de manera integral con repercusiones en todas las dimensiones de su ser. El proceso de ontoepistemogênese, en la perspectiva autopoiética, nos obligó a pensar en términos de auto-construcción como inseparable de los procesos de flujo vital e imbricación continuo del ser, tanto en relación tanto con los procesos internos como externos. En este sentido, el proceso de gestión de datos de investigación en el proyecto GAIA (Grupo de Acciones e Investigaciones autopoiéticos) trata siempre de abordar las operaciones cognitivas / afectivas de cada miembro del grupo. Así los seres humanos construyen su ontoepistemogénese en el proceso de respuesta inventiva a las perturbaciones externas y a través de una energización que es un resultado de conexiones y de pertenencimiento a redes. Para llevar a cabo esta tarea apelamos principalmente a las directrices que están estableciendo el paradigma de la complejidad, como han expresado principalmente Edgar Morin y Clara Costa Oliveira centrándose principalmente en los presupuestos de la Segunda Cibernética y su desdoblamientos en la Biología de la Cognición a través de su concepto central: autopoiesis.