Condições de trabalho e saúde de professores do ensino superior no oeste catarinense

Revista FisiSenectus

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ISSN: 23183381
Editor Chefe: Fátima Ferretti
Início Publicação: 20/06/2019
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Condições de trabalho e saúde de professores do ensino superior no oeste catarinense

Ano: 2013 | Volume: 1 | Número: Especial
Autores: Cláudia Nesi Rezer, Mara Fernanda Donat, Fátima Ferretti, Cássia Cristina Braghini
Autor Correspondente: Fatima Ferretti | [email protected]

Palavras-chave: saúde, trabalho, professor, ensino superior

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: Os estudos das condições de saúde e trabalho de grupos ocupacionais permitem caracterizar os processos laborativos e construir um perfil para compreender as interações entre trabalho e a saúde/doença. O número de professores universitários aumentou em função da expansão do ensino superior e são poucas as publicações sobre a situação de saúde destes, o que demanda uma atenção especial. Objetivos: Analisar as condições de saúde e trabalho dos professores universitários numa instituição de ensino superior (IES) comunitária no estado de Santa Catarina e identificar a interferência do trabalho no dia a dia dos professores. Métodos: A pesquisa é do tipo quantitativo e descritivo com amostra composta por 87 professores. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram o questionário adaptado de Matos (2003) e Taube (2002) e o item short  form health survey do medical outcomes study – 36. Resultados: A média geral de idade foi de 43 (±7,9) anos, 93,10% eram doutores ou mestres, com média de 12,35 (±6,48) anos na função de professor e 10,86 (±5,60) anos de atuação na ies, realizando uma média de 6,85 (±2,66) horas diárias. Destes, 50,57% afirmaram realizar horas extras. A rotina de trabalho interferia no desempenho mental de 26,67% da amostra e desempenho físico em 28,33%; já 70% relataram ter sentido dor nas últimas quatro semanas e 83,91% afirmaram que as condições de saúde interferiram no seu trabalho. Conclusão: Os professores estão constantemente expostos a fatores de risco como a dor, realização de horas extras, sobrecarga mental e física e desestimulo pela função, o que pode gerar vários transtornos físicos e psíquicos.  



Resumo Inglês:

Introduction: The study of health and occupational work groups can characterize the processes laborativos and build a profile to understand the interactions between work and health / disease. The number of faculty has increased due to the expansion of higher education and there are few publications on the health status of these, which demand special attention. Objective: To analyze the health and work of academics in an institution of higher learning in the state of Santa Catarina. Methods: The research is quantitative and descriptive sample of 87 teachers. The data collection instruments used were a questionnaire adapted from Matos (2003) and Taube (2002) and item short form health survey of the medical outcomes study-36. Results: The overall mean age was 43 (± 7.9) years, 93.10% were doctors or teachers, with an average of 12.35 (± 6.48) years as a teacher and 10.86 (± 5.60) years of experience in the IES, performing an average of 6.85 (± 2.66) hours per day. Of these, 50.57% reported receiving overtime. The work schedule interfered with the mental performance of 26.67% of the sample and physical performance of 28.33%, whereas 70% reported having experienced pain in the last four weeks and 83.91% said that health conditions interfered in their work. Conclusion: Teachers are constantly exposed to risk factors such as pain, performing overtime, and physical and mental overload disincentive for function, which can generate various physical and mental disorders.