COLONIALISMO DUAL E FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: O CASO SUL-AFRICANO

Revista Brasileira de Estudos Africanos

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ISSN: 24483907
Editor Chefe: Analúcia Danilevicz Pereira
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Multidisciplinar

COLONIALISMO DUAL E FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: O CASO SUL-AFRICANO

Ano: 2018 | Volume: 3 | Número: 5
Autores: Maximilian Dante Barone Bullerjahn
Autor Correspondente: Maximilian Dante Barone Bullerjahn | [email protected]

Palavras-chave: África do Sul; Colonização da África; Formação de Estado; Apartheid

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde a colonização holandesa no Cabo, o espaço sul-africano passou a constituir um efetivo ponto geoestratégico, inicialmente ancorado no mercantilismo da metrópole, e posteriormente, com a chegada britânica, realiza um processo de abertura comercial e de expansiva colonização territorial de europeus e também populações asiáticas afiançadas pelos ingleses. Após duas guerras internas, a África do Sul chega ao início do século XX a um entendimento político, formando a União Sul-Africana, que abre espaço, após a Segunda Guerra Mundial, para a ascensão de um regime nacionalista conservador, responsável pelo recrudescimento da segregação racial já vigente. Reconhecido bastião anticomunista no meridional africano, a África do Sul desenvolve no século XX capacidades militares e uma economia nacional de mercado sem equiparação no continente todo. Enquanto afirma seu projeto nacional, o país encontra-se limitado pelo crescente descrédito da comunidade internacional, que, através da ONU e da OEA, impõe embargos e boicotes ao governo sul-africano.



Resumo Inglês:

Since the Dutch colonization of the Cape, South African space has become an effective geostrategic point, initially anchored in the mercantilism of the metropolis, and later, with the British arrival, through a process of commercial opening and expansion of territorial colonization of Europeans and of Asian populations secured by the British. After two internal wars, South Africa, in the early twentieth century, arrives at a political understanding, forming the South African Union, which opened up room, after World War II, for the rise of a conservative nationalist regime, responsible for the resurgence of the racial segregation already in place. Recognized as an anticommunist bastion in Southern Africa, South Africa develops military capabilities in the 20th century and a national market economy without equal in the continent. While affirming its national project, the country is limited by the growing discredit of the international community, which, through the UN and the OAS, issues embargoes and boycotts on the South African government.