Cobertura jornalística sobre violência e a pessoa idosa: o caso do Cidade Alerta

Oikos

Endereço:
Avenida Peter Henry Rolfs - Departamento de Economia Doméstica - Centro
Viçosa / MG
36570-977
Site: http://www.periodicos.ufv.br/oikos
Telefone: (31) 3612-7604
ISSN: 2236-8493
Editor Chefe: Rita de Cássia Pereira Farias
Início Publicação: 29/06/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Arquitetura e urbanismo, Área de Estudo: Demografia, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Economia, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar

Cobertura jornalística sobre violência e a pessoa idosa: o caso do Cidade Alerta

Ano: 2020 | Volume: 31 | Número: 1
Autores: Débora Pires Teixeira, Rose Soares de Jesus, Rita de Cássia Pereira Farias
Autor Correspondente: Débora Pires Teixeira | [email protected]

Palavras-chave: Violência, Pessoa idosa, Cidade Alerta

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo do artigo é analisar a cobertura jornalística da violência envolvendo a pessoa idosa, a partir da análise do telejornal Cidade Alerta. Após transcrição fidedigna dos textos das reportagens, os dados foram categorizados e avaliados pela análise temática, com ênfase na análise de conteúdo temático-categorial, proposto por Bardin (2000). A análise percorreu as chamadas, os temas e os discursos veiculados pelo programa. Foram detectadas situações nas quais o idoso aparecia como vítima e como agressor, que revelaram intersecções com as questões de gênero e classe social. O Cidade Alerta, como um programa sensacionalista, que tem sua programação voltada principalmente para a cobertura da violência, contribui para solidificação da representação da velhice como problema, incapacidade, fragilidade, doença e peso social. Tal visão negativa justifica as práticas violentas contra a pessoa idosa, sobretudo quando se trata de mulheres.



Resumo Inglês:

The objective of the paper is to analyze the journalistic coverage of violence and its interface with the elderly, based on the analysis of the television news Cidade Alerta. After a reliable transcription of the texts of the reports, the data were categorized and evaluated by thematic analysis, with emphasis on the analysis of thematic-categorical content, proposed by Bardin (2000). The analysis covered the calls, themes and speeches broadcast by the program. Situations were detected in which the elderly person appeared as a victim and as an aggressor, which revealed intersections with issues of gender and social class. Cidade Alerta as a sensationalist program, whose programming is mainly focused on covering violence, contributes to solidifying the representation of old age as a problem, such as disability, fragility, illness and social burden. Such a negative view justifies the elimination of the elderly and promotes violent practices against the elderly, especially when it comes to women.



Resumo Espanhol:

El objetivo del artículo es analizar la cobertura periodística de la violencia que involucra a los ancianos, en base al análisis de las noticias de televisión Cidade Alerta. Después de una transcripción confiable de los textos de los informes, los datos fueron categorizados y evaluados por análisis temático, con énfasis en el análisis de contenido temático-categórico, propuesto por Bardin (2000). El análisis cubrió las llamadas, temas y discursos transmitidos por el programa. Se detectaron situaciones en las que la persona mayor aparecía como víctima y como agresor, lo que revelaba intersecciones con cuestiones de género y clase social. Cidade Alerta, como un programa sensacionalista, cuya programación se centra principalmente en cubrir la violencia, contribuye a la solidificación de la representación de la vejez como un problema, discapacidad, fragilidad, enfermedad y peso social. Tal opinión negativa justifica prácticas violentas contra los ancianos, especialmente cuando se trata de mujeres