Clima e Doenças: Análise dos Elementos Meteorológicos e Infecções Respiratórias Agudas nas Capitais do Nordeste Brasileiro

Revista Brasileira de Geografia Física

Endereço:
Av. Prof. Professor Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária
Recife / PE
50670-901
Site: http://www.ufpe.br/rbgfe
Telefone: (81) 2126-8275
ISSN: 19842295
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 30/04/2008
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Clima e Doenças: Análise dos Elementos Meteorológicos e Infecções Respiratórias Agudas nas Capitais do Nordeste Brasileiro

Ano: 2013 | Volume: 6 | Número: 5
Autores: A. C. dos S. Gomes, T. S. dos Santos, M. D. L. Coutinho, A. R. Silva
Autor Correspondente: A. C. dos S. Gomes | [email protected]

Palavras-chave: Doenças Respiratórias, Modelo Marginal de Equações de Estimação Generalizadas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Estudos demonstram que o clima influência de forma também danosa ao meio ambiente, bem como manifestação de determinados agravos à saúde. Procurou-se analisar as capitais do Nordeste Brasileiro. O objetivo deste estudo é detectar possíveis associações entre as infecções respiratórias agudas em crianças e o clima nas capitais. Utilizaram-se dados mensais do Sistema Único de Saúde–SUS de internações por infecções agudas do sistema respiratório; dados mensais de variáveis meteorológicas (temperatura do ar, umidade relativa do ar, Precipitação pluvial acumulada), disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia, no período de 2000 a 2011. Foi utilizado o modelo marginal das Equações de Estimações Generalizadas, a fim de obter estimativas confiáveis para as variáveis, levando em consideração os dados de contagem e uma estrutura de correlação para detectar associações entre os indicadores climáticos e os números de internações. Os resultados constatam que Fortaleza apresentou o maior número de casos, totalizando 72.670 internações. Constatando também associações significativas, do número de internações de crianças, com a temperatura e a umidade relativa do ar (ambos os valores-p<0,001) na cidade do Recife-PE. Em Fortaleza-CE e Natal-RN as associações significativas, entre número de internações de crianças foram captadas apenas com a temperatura (ambos os valores-p<0,001). Salvador-BA e Teresinha-PI mostraram associações significativas com a umidade relativa do ar (valor-p=0,019 e 0,033 respectivamente). Aracaju-SE, João Pessoa-PB e São Luís-MA as associações significativas ocorreram apenas com a precipitação (valor-p<0,001, 0,050 e 0,001 respectivamente). Esses resultados preliminares podem ser indicadores para que gestores possam focar em medidas que possam minimizar os efeitos danosos da variabilidade climática na saúde.