Ciclos míticos do sul: espaço e imaginário em Assim na terra de Luiz Sérgio Metz

Téssera

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Telefone: (16) 9299-9718
ISSN: 2595-8925
Editor Chefe: Enivalda Nunes Freitas e Souza
Início Publicação: 26/11/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Multidisciplinar

Ciclos míticos do sul: espaço e imaginário em Assim na terra de Luiz Sérgio Metz

Ano: 2019 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Arthur Katrein Mora
Autor Correspondente: Arthur Katrein Mora | [email protected]

Palavras-chave: imaginário, literatura gaúcha, ciclos míticos, Bachelard, Durand

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ciclos míticos podem modificar uma linguagem – costumes, imaginário – para além do reconhecimento, alterando profundamente as relações de uma população com a sua terra. Relações estas que transitam entre tradição e progresso, manutenção e destruição, quebra e continuidade, e que permeiam a narrativa de Assim na terra, romance de Luiz Sérgio Metz. O espaço do Rio Grande do Sul, seus edifícios e seus personagens, além de seu processo histórico, encontra na literatura e em seu repertório de mitos, símbolos e tradições, um novo vigor que ilustra o consolo dos eufemismos frente ao esquecimento e a morte. Entre a afetividade poética dos espaços de Gaston Bachelard (1975) e as harmonias e redundâncias da imaginação simbólica de Gilbert Durand (1982;1988;1996), testemunhamos na obra de Metz uma jornada rumo à afirmação da saudade, intuição afetiva que dá sentido ao olvido e aos ciclos míticos da qual deriva.



Resumo Inglês:

Profound relationships among a people and its land can be altered beyond recognition through the motions of the mythical cycles. A renewal of language, behaviors and the imaginary carry the ruptures between tradition and progress from which the core of Assim na Terra, novel by Luiz Sérgio Metz, is built upon. The space of Rio Grande do Sul, southernmost land, with its buildings, characters and distinct historical process, draws new vitality by means of literature and the repertoire of myths, symbols and traditions within it; vitality with which to endure the frailty and contingency of its existence. Metz’s work manifests, through the journey it takes us, the tenderness of Gaston Bachelard’s (1975) poetics of space, as well as Gilbert Durand’s (1982;1988;1996) symbolic imagination; both concepts favorable to the task of providing meaning to the oblivion spawned from the mythical cycles.