Ciberativismo em diabetes e a participação social na saúde através das mídias digitais

Diálogo com a Economia Criativa

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ISSN: 2525-2828 
Editor Chefe: Veranise Jacubowski Correia Dubeux
Início Publicação: 30/04/2016
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Ciberativismo em diabetes e a participação social na saúde através das mídias digitais

Ano: 2019 | Volume: 4 | Número: 12
Autores: Débora Aligieri, Eduardo Alves Silva, Marília Cristina Prado Louvison
Autor Correspondente: Débora Aligieri | [email protected]

Palavras-chave: participação social; ciberativismo; políticas públicas; mídias digitais; diabetes.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem por uma de suas diretrizes a participação da comunidade, correspondente ao processo e aos mecanismos de influência da sociedade sobre o Estado. Constituindo-se como espaço de debates complementar às arenas formais de negociação integrantes da institucionalidade de governo/Estado, a internet renovou as perspectivas para a comunicação em saúde ao ampliar as arenas de lutas sociais. Na sociedade em rede, a política passa a ser inserida na mídia, alterando-se o perfil dos participantes dos movimentos sociais de militantes para ativistas. Considerando este contexto, o presente estudo analisa as narrativas produzidas na rede social Facebook por portadores de diabetes (doença crônica com prevalência crescente no mundo) brasileiros, buscando entender como articulam suas experiências de convívio com a doença na luta política por direitos relacionados à saúde e como se constituem enquanto atores sociais da saúde. Foram encontrados como tipos de atores sociais do diabetes: usuários da saúde, organizações de saúde, mídia, profissionais de saúde, comércio e academia. Apesar das ressalvas que vêm sendo levantadas em relação ao controle do acesso aos conteúdos produzidos nas redes sociais pelos administradores das plataformas, é preciso reconhecer estes espaços como arenas de disputa onde os usuários da saúde têm participação relevante na discussão da política pública de saúde como produtores legítimos de conhecimentos em saúde por meio de suas experiências práticas da vida cotidiana.



Resumo Inglês:

The “Sistema Único de Saúde” (SUS) has as one of its guidelines the participation of the community, corresponding to the process and mechanisms of influence of society on the state. Constituting itself as a space for debate, complementing the formal negotiation arenas that are part of the government/ state institutionality, the Internet renewed the perspectives for health communication by expanding the arenas of social struggles. In the network society, politics is inserted in the media, changing the profile of participants in social movements from militants to activists. Considering this context, the present study analyzes the narratives produced in Facebook by Brazilians with diabetes (chronic disease with increasing prevalence in the world), seeking to understand how they articulate their experiences of living with the disease in the political struggle for health-related rights and how they constitute themselves as social actors of health. They were found as types of social actors of diabetes: health users, health organizations, the media, health professionals, market and academy. Despite the caveats that have been raised regarding the control of access to content produced on social networks by platform administrators, it is necessary to recognize these spaces as arenas of dispute where health users play a relevant role in the discussion of public health policy as legitimate producers of health knowledge through their practical experiences of everyday life.