Caracterização seminal de carás (Geophagus brasiliensis - Cichlidae) induzidos artificialmente
Pesquisa Agropecuária Gaúcha
Caracterização seminal de carás (Geophagus brasiliensis - Cichlidae) induzidos artificialmente
Autor Correspondente: Rocha A. F. | [email protected]
Palavras-chave: Aquicultura. Peixe nativo. Reprodução induzida.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Um estudo foi realizado com o objetivo de avaliar as características seminais do cará Geophagus brasiliensis mantido em cativeiro com e sem indução hormonal. Para tanto, foram utilizados 26 machos distribuídos entre os seguintes tratamentos: nove machos sem indução hormonal; nove machos com indução hormonal de extrato de hipófise de carpa (HC) e oito machos com indução hormonal por gonadotropina coriônica humana (HCG). Os parâmetros avaliados para a caracterização seminal nos diferentes tratamentos foram volume seminal, cor do sêmen, motilidade espermática, vigor espermático, tempo de latência, concentração espermática e viabilidade espermática. Os dados foram submetidos à análise de variância com 95% de confiança. A coloração do sêmen foi classificada como branco leitoso. Os valores médios para a motilidade, vigor espermático e concentrações dos espermatozoides foram: 94,44%, 78,75% e 63,88%; 4,44, 4,00 e 3,55; 5,10, 5,00 e 5,72 x 109 mL-1, para os tratamentos sem indução, HCG e HC, respectivamente. O tempo de latência espermático variou de 143,4 a 988,2 segundos e a viabilidade espermática foi de 100% para todos os tratamentos. A análise de variância não apresentou diferença significativa entre os efeitos dos diferentes tratamentos sobre nenhum dos parâmetros avaliados. Embora os resultados tenham demonstrado não ser necessária a indução artificial de machos durante o período reprodutivo, outros protocolos de reprodução artificial devem ser testados para G. brasiliensis vislumbrando o uso da espécie de forma comercial na aquicultura.
Resumo Inglês:
A study was conducted with the objective of evaluating the seminal characteristics of the Geophagus brasiliensis kept in captivity with and without hormonal induction. For that, 26 males were distributed among the following treatments: nine males without hormonal induction; nine males with hormonal induction of carp hipophysis extract (HC) and eight males with hormonal induction by human chorionic gonadotropin (HCG). The parameters seminal volume, semen color, sperm motility, sperm vigor, sperm latency time, sperm concentration and sperm viability were evaluated for the seminal characterization of males of different treatments. The data were submitted to analysis of variance with 95% confidence. The semen color was classified as milky white. Mean values for motility, vigor and sperm concentrations were: 94.44%, 78.75% and 63.88%; 4.44, 4.00 and 3.55; 5.10, 5.00 and 5.72 x 109 mL-1, for the non-induction, HCG and HC treatments, respectively. The sperm latency time ranged from 143.4 to 988.2 seconds and the sperm viability was 100% for all treatments. Analysis of variance did not show a significant difference between the effects of the different treatments on the evaluated parameters. Although the results demonstrated the artificial induction of males during the reproductive period is not necessary, other artificial reproduction protocols should be tested for G. brasiliensis envisioning the use of the specie commercially in aquaculture.
