A partir do debate sobre habitus, crítica genealógica de gênero, constituição do ser mulher e do feminino e das experiências do corpo objetificado, propõe-se analisar imagens das mulheres que atuaram no cangaço evidenciando as contradições do que foi constituído como “mulher” e “feminino”, e como a leitura binária do corpo justificou a marginalização das cangaceiras. Propõe-se apresentar breve discussão teórica, somada aos debates de Foucault (1987), para identificarmos a partir da constituição do feminino e da representação da mulher a elaboração de um corpo dócil, e como ele se apresentou nas imagens analisadas (fotografias da década de 1930) problematizando um possível rompimento desse modelo com a presença das mulheres nos bandos de cangaceiros, e se isso foi suficiente para romper com habitus mulher.