Buscando novos antimicrobianos: avaliação da atividade antibacteriana de extratos de Eugenia brasiliensis

REVISTA BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS

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ISSN: 24483877
Editor Chefe: Paulo Murillo Neufeld
Início Publicação: 30/06/2016
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Bioquímica, Área de Estudo: Farmacologia, Área de Estudo: Imunologia, Área de Estudo: Microbiologia, Área de Estudo: Parasitologia, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Multidisciplinar

Buscando novos antimicrobianos: avaliação da atividade antibacteriana de extratos de Eugenia brasiliensis

Ano: 2020 | Volume: 52 | Número: 3
Autores: F. L. R. Mendes, E. M. Carvalho, J. A. Abrantes, J. M. R. Nogueira
Autor Correspondente: J. M. R. Nogueira | [email protected]

Palavras-chave: agentes antimicrobianos, extratos vegetais, eugenia brasiliensis

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Devido à atual resistência bacteriana aos antimicrobianos e à necessidade de buscar novas substâncias com essa atividade, principalmente em produtos naturais, esse trabalho objetivou avaliar e comparar o potencial antibacteriano de extratos de folhas da planta Eugenia brasiliensis, ainda pouco estudada, obtidas por coletas sazonais. Métodos: As coletas foram realizadas trimestralmente no Jardim Botânico do RJ (JBRJ) e os extratos etanólicos preparados com o pó das folhas secas. Foram utilizadas cepas de referência ATCC (American Type Culture Collection) Gram positivas de Staphylococcus aureus: 25.923 (Beta Lactamase -) e 29.213 (Beta Lactamase +), e duas Gram negativas, Escherichia coli (28.922) e Pseudomonas aeruginosa (27.853). A técnica de escolha foi a microdiluição em placa de 96 poços, pois permite avaliar a concentração inibitória mínima (CIM) e posteriormente a concentração bactericida mínima (CBM). Resultados: A melhor atividade antibacteriana (1 mg/mL) foi identificada nos extratos obtidos nos meses mais quentes (menores CIM para bactérias Gram positivas). A CBM foi compatível com a CIM na maioria das estações/cepas bacterianas, indicando possível atividade bactericida dos extratos. Conclusão: A pesquisa demonstrou uma atividade antibacteriana promissora para Gram positivos e existência de variação sazonal, sugerindo um bom potencial para o uso de E. brasiliensis como antimicrobiano. Os resultados também indicam que, no futuro, outros estudos devem ser realizados, como a prospecção química destes extratos.



Resumo Inglês:

Objective: Due to the current bacterial resistance to antimicrobials and the need to search for new substances with this activity, mainly in natural products, this work aimed to evaluate and compare the antibacterial potential of Eugenia brasiliensis leaf extracts, still little studied, obtained by seasonal collections. Methods: Leaf collections were made quarterly at the Jardim Botânico do RJ (JBRJ) and ethanol extracts prepared with dry leaf powder. Reference strains ATCC (American Type Culture Collection) Gram positive from Staphylococcus aureus were used: 25923 (Beta Lactamase -) and 29213 (Beta Lactamase +), and two Gram negative strains, Escherichia coli (28.922) and Pseudomonas aeruginosa (27.853). The technique of choice was microdilution in a 96-well plate, as it allows the assessment of the minimum inhibitory concentration (MIC) and subsequently the minimum bactericidal concentration (CBM). Results: The best antibacterial activity (1 mg/mL) was identified in the extracts obtained in the warmer months (lower MICs for Gram positive bacteria). CBM was compatible with MIC in most seasons/ bacterial strains, indicating possible bactericidal activity of the extracts. Conclusion: The research demonstrated a promising antibacterial activity for Gram positive and seasonal variation, suggesting a good potential for the use of E.brasiliensis as an antimicrobial. The results also indicate that in the future, other studies should be carried out, such as the chemical prospecting of these extracts.