Balateiros da Flota Paru: relações de trabalho, conhecimentos tradicionais e memória como experiência social

Revista Ciências da Sociedade

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ISSN: 25943987
Editor Chefe: RUBENS ELIAS DA SILVA, JARSEN LUIS CASTRO GUIMARÃES
Início Publicação: 31/05/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Recursos Florestais e Engenharia Florestal, Área de Estudo: Recursos Pesqueiros e Engenharia da Pesca, Área de Estudo: Recursos pesqueiros e engenharia de pesca, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Arqueologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Comunicação, Área de Estudo: Engenharia ambiental, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Multidisciplinar

Balateiros da Flota Paru: relações de trabalho, conhecimentos tradicionais e memória como experiência social

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 3
Autores: Marcelo Araújo da Silva
Autor Correspondente: M. A. da Silva | [email protected]

Palavras-chave: conhecimentos tradicionais, balateiros, memória social

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo resulta de pesquisas de longa duração analítica empreendida em municípios do oeste do Pará, inseridos na Flota do Paru, com dezenas de pessoas, que nos anos de 1930 a 1970, extraíram sistematicamente o látex da manilkara bidentata (balata). Buscou-se, por meio do registro de memórias e narrativas biográficas de balateiros ativos e ex-balateiros, reconstituir os contextos, processos, modos de fazer, viver e reproduzir o trabalho em suas experiências sociais. Demonstra-se a importância da reprodução sociocultural e ambiental dos conhecimentos tradicionais adquiridos por balateiros ao longo de décadas, no âmbito conceitual do patrimônio cultural imaterial. As inter-relações que envolvem balateiros, artesãos e floresta, constituem um modelo de sustentabilidade pautado em conhecimentos locais sobre as dinâmicas da floresta e as transformações naturais que ocorrem com a sazonalidade amazônica. Nesse movimento socioambiental se constituiu um modelo de sustentabilidade que é tecido a partir de complexas relações entre o meio cultural e o natural.