O presente artigo investiga a possibilidade de um diálogo entre as ideias levantadas por Philippe Lejeune sobre pacto autobiográfico e a poesia de Adélia Prado. Discutir sobre a existência de um “eu” de autoria feminina e as características religiosas em três poemas (Grande desejo, Um salmo e Para o Zé) da obra Bagagem de 1976. A autora é hoje uma das vozes fortes da literatura brasileira, o estudo de sua obra possibilitará um questionamento sobre a escrita autobiográfica.