Azul da Prússia: aspectos químicos, farmacológicos e de eficácia e segurança para uso como medicamento

Arquivos Brasileiros de Medicina Naval v. 77 n. 1 (2016)

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20091000
Site: https://www.portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/abmn/issue/view/67
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ISSN: ISSN eletrônico: 2764-2860 / ISSN impresso: 0365-074X
Editor Chefe: CMG (Md) André Germano De Lorenzi
Início Publicação: 04/11/2023
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Multidisciplinar

Azul da Prússia: aspectos químicos, farmacológicos e de eficácia e segurança para uso como medicamento

Ano: 2016 | Volume: 77 | Número: 1
Autores: H. S. Ruela, J. F. Bueno, E. B. Fonseca, A. P. F. T. Carmo
Autor Correspondente: H. S. Ruela | [email protected]

Palavras-chave: reação do azul da prússia, radiação, radioisótopo, césio, tálio, prussian blue, radiation, radioisotope, cesium; thallium.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Azul da Prússia (AP) é uma substância utilizada para o tratamento de pacientes contaminados por césio ou tálio radioativos. A única forma efetiva de se tratar a contaminação por radioisótipos é aumentar a velocidade da eliminação dos mesmos. O AP, por via oral, é capaz de se ligar ao 137Cs no trato gastrointestinal, interrompendo a circulação entero-hepática e acelerando sua eliminação nas fezes. Por possuir uma circulação entero-hepática similiar a do Cs, o envenenamento por tálio também pode ser tratado com esse medicamento. Apesar de pouco estudado, esse efeito tem sido reportado desde 1960. Este estudo aborda uma revisão de dados oriundos de 46 pacientes tratados com o AP durante o incidente de Goiânia, além de dados adicionais de 19 pacientes e 7 voluntários, não relacionados ao acidente de Goiânia, e ainda de 34 pacientes envenenados com tálio, evidenciando a eficácia e a segurança da utilização desta substância como medicamento.



Resumo Inglês:

The Prussian Blue (PA) is a substance used for treatment of patients contaminated with radioactive cesium or thallium. The only effective way to treat radioisotopes contamination is increasing their rate of elimination. PA, orally, is capable of binding to 137Cs in gastrointestinal tract, interrupting it ́s enterohepatic circulation and accelerating its elimination in feces. By having an enterohepatic circulation similarto the 137Cs, Thallium poisoning may also be treated with this drug. Although understudied, this effect has been reported since 1960. This study deals with a review of data from the 46 patients treated withPA during Goiânia radiological incident, as well as additional data from 19 patients and 7 volunteers, not related to the accident in Goiânia, and still 34 patients poisoned with thallium, demonstrating the effectiveness and safety of use of this substance as a medicine.