AVALIAÇÃO ELETROFISIOLÓGICA DA AUDIÇÃO EM INDIVÍDUOS APÓS TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO

Revista Cefac

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ISSN: 19820216
Editor Chefe: Esther Mandelbaum Gonçalves Bianchini
Início Publicação: 31/05/1999
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Fonoaudiologia

AVALIAÇÃO ELETROFISIOLÓGICA DA AUDIÇÃO EM INDIVÍDUOS APÓS TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO

Ano: 2013 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Andréa Tortosa Marangoni, Renata Beatriz Fernandes Santos, Ítalo Capraro Suriano, Karin Zazo Ortiz, Daniela Gil
Autor Correspondente: Andréa Tortosa Marangoni | [email protected]

Palavras-chave: potenciais evocados auditivos, audição, traumatismos encefálicos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: caracterizar o potencial evocado auditivo de tronco encefálico e de longa latência em pacientes pós traumatismo cranioencefálico, comparando-os com indivíduos normais. MÉTODO: estudo clínico transversal realizado com 20 indivíduos audiologicamente normais divididos em dois grupos pareados por idade e sexo: a) 10 indivíduos que sofreram traumatismo cranioencefálico (grupo pesquisa); b) 10 indivíduos sem qualquer tipo de alteração neurológica (grupo controle). Foram submetidos à avaliação audiológica básica, ao potencial evocado auditivo de tronco encefálico e ao potencial evocado auditivo de longa latência (P300). RESULTADOS: observou-se no potencial evocado auditivo de tronco encefálico, latências absolutas das ondas I, III e V e intervalo interpico I-III mais prolongados no grupo pesquisa do que no grupo controle, sendo estatisticamente significante para as latências absolutas das ondas I e III à direita e para a onda III e intervalo interpico I-III à esquerda. A amplitude das ondas I, III e V na orelha direita e das ondas III e V na orelha esquerda foram maiores no grupo controle. Em relação ao P300, o grupo pesquisa apresentou maior latência e menor amplitude em ambas as orelhas, sem significância estatística, quando comparado ao grupo controle. CONCLUSÃO: indivíduos que sofreram traumatismo cranioencefálico apresentam alterações no potencial evocado auditivo de tronco encefálico e não apresentam diferenças significantes no potencial evocado auditivo de longa latência (P300) quando comparados a indivíduos sem lesões cerebrais.



Resumo Inglês:

PURPOSE: this study aimed to characterize brain stem auditory evoked potential and long latency auditory evoked potential in patients that suffered head trauma. METHOD: transverse clinical study performed on twenty normal hearing individuals divided in two groups paired for age and gender: a) ten individuals who suffered head trauma (trauma group); and b) ten individuals with no type of neurological alteration (control group). The individuals underwent a basic hearing evaluation as well as brain stem auditory evoked potential and long latency auditory evoked potential (P300) tests. RESULTS: on the brain stem auditory evoked potential, more prolonged absolute latencies of Waves I, III and V and the I-III inter-peak interval were found in the trauma group in comparison with the control group, with statistically significant differences with regard to the absolute latencies of Waves I and III in the right ear and both Wave III and the I-III inter-peak interval in the left ear. The amplitude of Waves I, III and V in the right ear and Waves III and V in the left ear were higher in the control group. Regarding P300, the trauma group displayed greater latency and lesser amplitude in both ears comparing with the control group, with no statistical significance. CONCLUSION: individuals that suffered head trauma display alterations in the brain stem auditory evoked potential and do not display significant differences with regard to long latency auditory evoked potential (P300) when compared to individuals with no brain injury.