AVALIAÇÃO E CURRÍCULO: repensando políticas educacionais sob a ótica da teoria do discurso

Revista Espaço do Currículo

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

AVALIAÇÃO E CURRÍCULO: repensando políticas educacionais sob a ótica da teoria do discurso

Ano: 2024 | Volume: 17 | Número: 1
Autores: D. O. de M. Silva, K. S. Cunha
Autor Correspondente: D. O. de M. Silva | [email protected]

Palavras-chave: avaliação educacional, proposta curricular, hegemonia, lógicas sociais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo constitui um recorte de uma pesquisa mais abrangente realizada no âmbito do mestrado do Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea da Universidade Federal de Pernambuco. Neste estudo, abordamos as características do Programa de Modernização da Gestão Pública -Metas para a Educação. Nosso objetivo neste momento é discutir as articulações discursivas que promovem a hegemonia avaliativa e curricular no sistema educacional pernambucano, questionando sua alegada essencialidade. Adotamos como estratégia teórico-metodológica a Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe (2015), com a articulação interpretativa das lógicas sociais propostas por Glynos e Howarth (2007, 2018). Nossos resultados apontam que as regularidades articulatórias discursivas presentes na política educacional de avaliação/curricular pernambucana conferem uma suposta coerência discursiva à prática avaliativa/curricular do estado, embora as lacunas não sejam completamente ocultadas pela política normativa. Influenciada pelas lógicas sociais da performatividade, competição e responsabilidade/accountability, essa política educacional é precariamente estabilizada, emergindo limitações diante da dimensão ontológica.



Resumo Inglês:

This article is a section of a broader research conducted within the scope of the Master's program in Contemporary Education at the Federal University of Pernambuco. In this study, we address the characteristics of the Public Management Modernization Program -Goals for Education. Our aim at this moment is to discuss the discursive articulations that promote evaluative and curricular hegemony in the Pernambuco educational system, questioning its alleged essentiality. We adopt as a theoretical-methodological strategy the Discourse Theory of Laclau and Mouffe (2015), with the interpretative articulation of social logics proposed by Glynos and Howarth (2007, 2018). Our findings indicate that the discursive articulatory regularities present in the Pernambuco educational evaluation/curricular policy confer a supposed discursive coherence to the state's evaluative/curricular practice, although the gaps are not completely hidden by normative policy. Influenced by the social logics of performativity, competition, and accountability, this educational policy is precariously stabilized, emerging limitations in the face of the ontological dimension. 



Resumo Espanhol:

Este artículo es un recorte de una investigación más amplia realizada dentro del marco del programa de maestría en Educación Contemporánea de la Universidad Federal de Pernambuco. En este estudio, abordamos las características del Programa de Modernización de la Gestión Pública -Metas para la Educación. Nuestro objetivo en este momento es discutir las articulaciones discursivas que promueven la hegemonía evaluativa y curricular en el sistema educativo de Pernambuco, cuestionando su supuesta esencialidad. Adoptamos como estrategia teórico-metodológica la Teoría del Discurso de Laclau y Mouffe (2015), con la articulación interpretativa de las lógicas sociales propuestas por Glynos y Howarth (2007). Nuestros resultados indican que las regularidades articulatorias discursivas presentes en la política educativa de evaluación/curricular de Pernambuco confieren una supuesta coherencia discursiva a la práctica evaluativa/curricular del estado, aunque las lagunas no estén completamente ocultas por la política normativa. Influenciada por las lógicas sociales de la performatividad, la competencia y la responsabilidad/accountability, esta política educativa está precariamente estabilizada, surgiendo limitaciones frente a la dimensión ontológica.