Avaliação do padrão de requisição de antimicrobianos no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
Principia
Avaliação do padrão de requisição de antimicrobianos no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
Autor Correspondente: Ronald Kleinsorge Roland | [email protected]
Palavras-chave: Registros hospitalares, Resistência Microbiana a medicamentos, Antibacterianos, Testes de Sensibilidade Microbiana
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Introdução: Desde meados do século XX, foi possível a redução da mortalidade e a cura de várias doenças infecciosas devido à descoberta dos antimicrobianos. No entanto, desde o início do seu uso o aparecimento da resistência se tornou um grande desafio para os médicos. Objeto: Verificar a adequação do preenchimento da Ficha de Requisição de Antimicrobianos, identificar o perfil das infecções comunitárias e como elas foram tratadas. Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo de delineamento exploratório. Foi montado um banco de dados no software Microsoft Access 2007 com informações colhidas na Ficha de Requisição de Antimicrobiano. Resultados: As fichas do período de julho de 2010 a junho de 2011 totalizaram 2481 fichas. Dessas, 1021(41%) estavam descritas como infecções comunitárias, no entanto, apenas 502 fichas foram analisadas, o restante foi excluído devido ao mau preenchimento. Dentre as analisadas (302), 60% estavam distribuídas em apenas três sítios: infecções respiratórias; urinárias e infecções do trato gastrointestinal. Foram identificados apenas 31 antimicrobianos diferentes, sendo que a Ciprofloxacina, o Ceftriaxone, a Amoxicilina/Clavulanato e Metronidazol eram responsáveis por 53,4% de todas as prescrições. Observou-se ainda que havia prescrição de antimicrobianos tipicamente indicado para tratamento de infecções hospitalares no tratamento de infecções comunitárias, correspondendo a cerca de 16% das prescrições. Deve-se ressaltar que apenas 52 antibiogramas (10,3%) foram realizados. Conclusão: O trabalho revela o mau preenchimento da ficha, poucos antibiogramas realizados e alerta para o uso de determinados antimicrobianos no tratamento das infecções comunitárias. Apesar dessas deficiências, houve congruência entre os principais diagnósticos e as prescrições e a evidência da necessidade de procedimentos de educação continuada na prescrição de antimicrobianos.