Atividade antibacteriana in vitro de extratos brutos de espécies de Eugenia sp frente a cepas de molicutes

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

Endereço:
Rodovia BR-316 km 7 - s/n - Levilândia
Ananindeua / PA
67030-000
Site: http://revista.iec.gov.br
Telefone: (91) 3214-2185
ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Atividade antibacteriana in vitro de extratos brutos de espécies de Eugenia sp frente a cepas de molicutes

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Camila Simões Benfatti, Samuel Mendes de Cordova, Alessandro Guedes, Michele Debiasi Alberton Magina, Caio Mauricio Mendes de Cordova
Autor Correspondente: Caio Mauricio Mendes de Cordova | [email protected]

Palavras-chave: Mycoplasma, Ureaplasma, Testes de Sensibilidade Microbiana, Produtos Biológicos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A necessidade da busca de novos antimicrobianos e o interesse nas espécies de molicutes vêm aumentando constantemente, principalmente pelo fato de serem os molicutes responsáveis pelo desenvolvimento de várias doenças importantes, como é o caso de Mycoplasma arginini, M. hominis e Ureaplasma urealyticum. Estes dois últimos apresentam envolvimento em infecções do trato urogenital que podem levar à infertilidade e a complicações da gestação. M. arginini é um importante patógeno animal isolado de ovelhas, que causa uma doença respiratória grave chamada de "síndrome da tosse", e, eventualmente, zoonoses no homem. O gênero Eugenia pertence à família Myrtaceae, que compreende cerca de 500 espécies de plantas com potencial terapêutico. Neste trabalho foram obtidos extratos brutos das folhas de Eugenia beaurepaireana, E. brasiliensis e E. umbelliflora, e estes foram testados pelo método de microdiluição em caldo frente às cepas de molicutes. Com isso, foi determinada a concentração inibitória mínima dos extratos das plantas, sendo de 1,25 mg/mL para E. beaurepaireana, 2,5 mg/mL para E. brasiliensis, e 5,0 mg/mL para E. umbelliflora contra as três espécies de molicutes igualmente. Dentre os resultados observados, destaca-se principalmente E. beaurepaireana, que apresentou um bom potencial antimicrobiano. Devido às patogenias importantes que estas bactérias causam, e à crescente resistência aos antimicrobianos tradicionais utilizados no tratamento, torna-se importante a busca por novos tipos de antibióticos dentro da biodiversidade brasileira. Existem raros estudos sobre as propriedades farmacológicas das plantas do gênero Eugenia, e nossos resultados são os primeiros relatos sobre sua atividade antimicrobiana frente a espécies de molicutes.



Resumo Inglês:

The need for new antimicrobials against mollicutes is constantly increasing, mainly because mollicutes are responsible for the development of several prominent diseases, including Mycoplasma arginini, M. hominis and Ureaplasma urealyticum. The last two are involved in urogenital tract infections that can lead to infertility and gestational complications. Meanwhile, M. arginini is an animal pathogen, isolated from sheep, that causes a serious respiratory disease, known as "coughing syndrome", and possibly zoonoses. The Eugenia genus belongs to the Myrtaceae family, which includes around 500 plant species with therapeutic potential. In this study, crude extracts from the leaves of E. beaurepaireana, E. brasiliensis and E. umbelliflora were obtained and tested by broth microdilution against mollicute strains. The minimal inhibitory concentration determined for the plant extracts was 1.25 mg/mL for E. beaurepaireana, 2.5 mg/mL for E. brasiliensis and 5.0 mg/mL for E. umbelliflora against three species of mollicutes. E. beaurepaireana in particular stands out as having good antimicrobial potential. Due to the serious diseases caused by these pathogens, as well as growing antibiotic resistance to conventional treatment, it is important research new antibiotic candidates derived from the Brazilian ecosystem. There exist very few studies of the pharmacological properties of the Eugenia plant genus and our report is the first to describe its antimicrobial properties against mollicutes.



Resumo Espanhol:

La necesidad de buscar nuevos antimicrobianos y el interés en las especies de mollicutes viene aumentando constantemente, principalmente por el hecho de que los mollicutes son responsables por el desarrollo de varias enfermedades importantes, como es el caso de Mycoplasma arginini, M. hominis y Ureaplasma urealyticum. Estos dos últimos presentan comprometimiento en infecciones del trato urogenital que pueden llevar a la infertilidad y a complicaciones de la gestación. M. arginini es un importante patógeno animal aislado de ovejas, que causa una enfermedad respiratoria grave llamada de "síndrome de la tos", y, eventualmente, zoonosis en el hombre. El género Eugenia pertenece a la familia Myrtaceae, que comprende cerca de 500 especies de plantas con potencial terapéutico. En este trabajo se obtuvieron extractos brutos de las hojas de Eugenia beaurepaireana, E. brasiliensis y E. umbelliflora, que fueron analizados por el método de microdilución en caldo frente a las cepas de mollicutes. Con eso, se determinó la concentración inhibitoria mínima de los extractos de las plantas, siendo de 1,25 mg/mL para E. beaurepaireana, 2,5 mg/mL para E. brasiliensis, y de 5,0 mg/mL para E. umbelliflora contra las tres especies de mollicutes igualmente. Entre los resultados observados, se destaca principalmente la E. beaurepaireana, que presentó un buen potencial antimicrobiano. Debido a las patogenias importantes que estas bacterias causan, y a la creciente resistencia a los antimicrobianos tradicionales utilizados en el tratamiento, es importante la búsqueda de nuevos tipos de antibióticos dentro de la biodiversidad brasileña. Existen pocos estudios sobre las propiedades farmacológicas de las plantas del género Eugenia, y nuestros resultados son los primeros relatos sobre su actividad antimicrobiana frente a especies de mollicutes.