Aspetos imunológicos e histológicos de camundongos desafiados experimentalmente com linhagens de Bacteroides fragilis selecionadas em concentrações subinibitórias de drogas antimicrobianas

Principia

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ISSN: 1518-2983
Editor Chefe: Profa. Dra. Mônica Ribeiro de Oliveira
Início Publicação: 01/10/1994
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Multidisciplinar

Aspetos imunológicos e histológicos de camundongos desafiados experimentalmente com linhagens de Bacteroides fragilis selecionadas em concentrações subinibitórias de drogas antimicrobianas

Ano: 2011 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Mariana Silva Lopes Neves, Michele Cristine Ribeiro de Freitas, Ana Paula Ferreira, Jacy Gameiro, Cíntia Marques Coelho, Vânia Lúcia da Silva, Cláudio Galuppo Diniz
Autor Correspondente: Mariana Silva Lopes Neves | [email protected]

Palavras-chave: Bacteroides fragilis, alterações morfológicas, concentrações subinibitórias, citocinas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Bacteroides fragilis é um anaeróbio Gram-negativo, membro da microbiota intestinal residente. Uma característica importante da sua biologia, não diretamente relacionada com a produção de doenças infecciosas, mas relacionada com a sua persistência, é o aumento da resistência aos antimicrobianos. Várias evidências mostram que os antimicrobianos podem interferir com a expressão de determinantes de virulência microbiana. Nosso objetivo foi investigar a interferência de antimicrobianos na patogenicidade de B. fragilis em camundongos BALB/c, após desafio experimental. Trinta animais foram desafiados intraperitonealmente com B. fragilis ATCC 25285 (parental) e quatro linhagens derivadas selecionados pela exposição a concentrações subinibitórias de ampicilina (AMP), ampicilina/sulbactam (AMS), clindamicina (CLI) e cloranfenicol (CLO). Os camundongos foram necropsiados, os níveis de TNF-α, IL-6 e IFN-γ foram determinados por ELISA em seu intestino delgado e a histologia foi realizada, para avaliar o baço e fígado. Os camundongos inoculados com a linhagem B. fragilis AMS apresentaram um maior nível de TNF-α, IL-6 e IFN-γ quando comparados com os outros sete dias pós-infecção (pi), bem como os animais desafiados com a linhagem AMP, considerando os níveis de IL-6. No entanto, estes níveis de citocinas mostraram-se diminuídos após quatorze dias pi. Animais desafiados com as linhagens CLI e CLO não apresentaram níveis significativos de liberação de citocinas no intestino delgado. Alterações histológicas foram observadas no baço e no fígado dos animais desafiados com as diferentes linhagens bacterianas. Estes dados preliminares sugerem que, uma vez que estas drogas têm diferentes interações com a célula bacteriana, B. fragilis pode apresentar diferentes interações patógeno-hospedeiro, em resposta ao uso de antimicrobianos. Uma vez que essas interações podem ser prejudiciais para os hopedeiros, como observado através do aumento da liberação de mediadores inflamatórios, os resultados chamam a atenção para o risco de terapia inadequada. Mesmo em baixas concentrações, os antimicrobianos podem interferir com a patogenicidade de Bacteroides spp.