Aspectos da Variabilidade Sazonal da Radiação, Fluxos de Energia e CO2 em Área de Caatinga

Revista Brasileira de Geografia Física

Endereço:
Av. Prof. Professor Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária
Recife / PE
50670-901
Site: http://www.ufpe.br/rbgfe
Telefone: (81) 2126-8275
ISSN: 19842295
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 30/04/2008
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Aspectos da Variabilidade Sazonal da Radiação, Fluxos de Energia e CO2 em Área de Caatinga

Ano: 2012 | Volume: 5 | Número: 4
Autores: S. de A. Santos, M. de F. Correia, M. R. da S. Aragão, P. K. de O. Silva
Autor Correspondente: S. de A. Santos | [email protected]

Palavras-chave: Caatinga , CO2 , semiárido.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Regiões semiáridas são particularmente sensíveis à variabilidade pluviométrica com respostas imediatas da superfície ao aumento ou redução no teor de umidade do solo e processos de evapotranspiração. Mudanças no padrão espacial e temporal das chuvas representam um fator determinante nas trocas de calor, vapor d’água e CO2 entre o ecossistema e a atmosfera. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo analisar o comportamento sazonal da radiação, dos fluxos de energia e CO2 em área de caatinga. Mudanças na disponibilidade de umidade são determinantes para as alterações no regime de cobertura do dossel e impõem múltiplas adaptações à vegetação da caatinga. A redução na cobertura vegetal acarreta uma maior susceptibilidade do ambiente aos efeitos da radiação e insolação. Variações diárias da temperatura aceleram a atividade microbiana do solo e liberação de CO2. As análises foram concentradas no período de julho de 2004 a julho de 2005. Os resultados mostram que a maior parte da energia absorvida pela superfície foi liberada na forma de calor sensível, refletindo a resposta da vegetação a insuficiência hídrica da região. Os resultados obtidos com a análise da evolução do fluxo de carbono possibilitam concluir que no período de estiagem, embora com taxas mínimas, o bioma atua como emissor de CO2. Valores substancialmente mais elevados (negativos) observados no período
chuvoso indicam um comportamento inverso no qual o bioma atua como sumidouro de carbono da atmosfera (sequestro de CO2). Esse resultado indica a importância da conservação do bioma caatinga no controle do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global.