A Argumentação no Discurso Religioso Popular: Relações entre Pathos e Logos nas Cantigas de Marujada de Bragança (PA)

Nova Revista Amazônica

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ISSN: 2318-1346
Editor Chefe: César Augusto Martins de Souza
Início Publicação: 01/01/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A Argumentação no Discurso Religioso Popular: Relações entre Pathos e Logos nas Cantigas de Marujada de Bragança (PA)

Ano: 2014 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: Elisson Ferreira Morato
Autor Correspondente: E.F. Morato | [email protected]

Palavras-chave: argumentação, logos, pathos, discurso religioso.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como objetivo analisar a maneira pela qual o discurso religioso de caráter popular, também chamado de discurso folclórico, constrói o logos argumentativo. Para isso, partimos da análise de duas canções da Marujada, procissão religiosa que tem lugar na cidade de Bragança, no estado do Pará, a partir da Retórica de Aristóteles e do trabalho de pesquisadores atuais sobre a argumentação no discurso, entre os quais podemos citar Amossy (2006) e Charaudeau (1992, 2000, 2004, 2008). De Aristóteles (2005) tomamos as noções de ethos, pathos e logos e de Charaudeau a noção de modo de organização descritivo do discurso (1992), visada discursiva (2004) e racionalização (2008). Com este trabalho, esperamos demonstrar como, em certos discursos, o religioso, o logos não é construído a partir de uma racionalidade lógica, mas por emoções do produtor do discurso, que levam a composição do logos



Resumo Inglês:

This paper aims to analyze the way in which the religious discourse of popular character, also called as folkloric discourse, builds the logos argumentative. For this purpose, we start from the analysis of two songs of Marujada, religious procession that takes place in the city of Bragança, in the state of Pará, from Rhetoric by Aristotle and from the work of current researchers about argumentation in discourse, among which we mention Amossy (2006) and Charaudeau (1992, 2000, 2004, 2008). From Aristotle (2005) we take the notions of ethos, pathos and logos and from Charaudeau the notion of descriptive mode of organization of discourse (1992), visée discursive (2004) and rationalization (2008). With this work we hope to demonstrate how, in certain discourses such as the religious, the logos is not built from a logical rationality, but by emotions of the producer of the discourse, which drive the composition of the logos.