Aprender a conviver, sem violência: o que dá e não dá certo?

Ensaio

Endereço:
Rua Santa Alexandrina, 1011 - 3º and. - Rio Comprido
Rio de Janeiro / RJ
20261235
Site: https://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/ensaio
Telefone: (21) 2103-9617
ISSN: 0104-4036
Editor Chefe: Fátima Cunha
Início Publicação: 01/10/1993
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciência da computação, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Engenharias

Aprender a conviver, sem violência: o que dá e não dá certo?

Ano: 2017 | Volume: 25 | Número: 97
Autores: Ivar César Oliveira de Vasconcelos
Autor Correspondente: Ivar César Oliveira de Vasconcelos | [email protected]

Palavras-chave: Convivência, Violência escolar, Lógicas de ação, Pedagogia, Diálogo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Considerada ainda agente de socialização e mudança, a escola tem experimentado a violência. Neste trabalho, apresentam-se recomendações para eliminar ou amenizar o problema. Analisam-se resultados de estudos, por meio de pesquisa da literatura, focalizando-se o que dá certo em ações escolares para concretizar a adequada convivência. Algumas lógicas de ação são apresentadas: membros da escola se culpam mutuamente pelo fracasso escolar, silenciam a crítica construtiva e negligenciam a articulação entre informar formar. Conclui-se que a superação dessas lógicas pode contribuir para a solução da violência escolar. Assim, emergem possibilidades de ação por parte dos elaboradores e executores de currículos, educadores, gestores e formadores de mestres e professores. Além disso, conclui-se que, para superar a violência escolar, não dão certo os castigos corporais e as humilhações públicas, as rotulações e a intolerância; mas, dão certo, a escuta às vítimas, a aproximação entre pais e comunidade educativa, o fim da punição, o fim da culpabilização do outro.

 



Resumo Inglês:

School, despite its often-violent facts, is an agent for socialization and change. This paper recommends policies for overcoming or reducing violence. It is founded on a selection of recent articles, emphasizing actions which work in learning how to live together. Some logic actions detected are school actors inculpating each other for school failure, silencing constructive criticism, as well as minimizing articulation between information and formative actions. Overcoming these logics would lead to violence reduction. This opens alternatives for curricula builders and developers, administrators, teacher educators and educators in general. This article concludes that corporal punishments, humiliations, stigmatization, and intolerance reach negative results; however, listening to victims, building stronger relations between parents and school, changing punishment and avoiding inculpating games between students and teachers produce positive outcomes.



Resumo Espanhol:

Considerada ainda agente de socialização e mudança, a escola tem experimentado a violência. Neste trabalho, apresentam-se recomendações para eliminar ou amenizar o problema. Analisam-se resultados de estudos, por meio de pesquisa da literatura, focalizando-se o que dá certo em ações escolares para concretizar a adequada convivência. Algumas lógicas de ação são apresentadas: membros da escola se culpam mutuamente pelo fracasso escolar, silenciam a crítica construtiva e negligenciam a articulação entre informar formar. Conclui-se que a superação dessas lógicas pode contribuir para a solução da violência escolar. Assim, emergem possibilidades de ação por parte dos elaboradores e executores de currículos, educadores, gestores e formadores de mestres e professores. Além disso, conclui-se que, para superar a violência escolar, não dão certo os castigos corporais e as humilhações públicas, as rotulações e a intolerância; mas, dão certo, a escuta às vítimas, a aproximação entre pais e comunidade educativa, o fim da punição, o fim da culpabilização do outro.