ANTAGONISMO DE OLHARES: EMBATES NA RECEPÇÃO DE ROBERTO ZUCCO, PEÇA TEATRAL DE BERNARD-MARIE KOLTÈS

Cadernos Do Il

Endereço:
Av. Bento Gonçalves, 9500 - Campus do Vale Caixa Postal 15002
PORTO ALEGRE / RS
Site: http://seer.ufrgs.br/cadernosdoil/index
Telefone: (51) 3308-6699
ISSN: 1041886
Editor Chefe: MARIVONE SIRTOLI
Início Publicação: 30/11/1989
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

ANTAGONISMO DE OLHARES: EMBATES NA RECEPÇÃO DE ROBERTO ZUCCO, PEÇA TEATRAL DE BERNARD-MARIE KOLTÈS

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: 43
Autores: Fernanda Vieira Fernandes, Robert Ponge
Autor Correspondente: Fernanda Vieira Fernandes | [email protected]

Palavras-chave: Teatro francês, Koltès (Bernard-Marie), “Roberto Zucco”

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao criar a peça teatral Roberto Zucco, Koltès partiu de um fait divers: a imagem do assassino italiano Roberto Succo. O presente artigo debruça-se sobre a diversidade e o antagonismo de olhares que valeu à peça o fato de seu protagonista ser um matador em série. A proximidade em tempo e espaço da publicação do texto com os assassinatos cometidos por Succo rendeu a Koltès acusações de apologia ao crime. Tal recepção contrária à obra, suscitou revolta entre artistas de teatro e críticos especializados, que saíram em defesa da peça. Esse embate de opiniões leva a refletir a respeito das complexas relações entre o real e a arte (dramática ou não), as funções, os poderes e a liberdade desta.



Resumo Francês:

Pour créer sa pièce de théâtre, Roberto Zucco, Bernard-Marie Koltès part d’un fait divers: l’image de l’assassin italien Roberto Succo. Cet article se penche sur la diversité et l’antagonisme de regards découlant du fait que son protagoniste est un tueur en série. La proximité temporelle de la parution du texte et des meurtres de Succo a valu à Koltès d’être accusé de faire l’apologie du crime. Ces accusations ont suscité la réaction d’artistes de théâtre et de critiques qui ont pris la défense de la pièce. Cette polémique mène à réfléchir sur la complexité des relations entre le réel et l’art (dramatique ou pas), sur la fonction, les pouvoirs et la liberté de celui-ci.