O artigo aborda a conformação de uma gangue oriunda de um aglomerado subnormal de Belo Horizonte e que atua na capital e outros municípios mineiros. Utilizou-se como base teorias sobre a análise de redes sociais e grafos. O instrumental da pesquisa contou com análise documental de boletins de ocorrência policial dos eventos perpetrados pelos agentes envolvidos na formação da gangue no período de 2006 a 2014. Foi utilizado NodeXL como recurso para análise de redes. Identificaram-se as conexões criminais por meio da atuação conjunta de autores de delito num mesmo evento. Descreveu-se como se dá a estruturação e desenrolar de vínculos (estrutura topológica) entre indivíduos em uma rede configurada pela gangue estudada. Os resultados de medidas de centralidade (grau, centralidade de proximidade, centralidade de intermediação, centralidade de autovetor) e métricas (distância geodésica, diâmetro, densidade e modularidade) permitiram identificar que a gangue representa uma rede social coesa, em que é possível por meio da metodologia proposta identificar os principais elementos em termos de importância para os vínculos criminais na gangue.