Alucinação: suportar o dia-a-dia como aposta metodológica

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

Endereço:
Avenida Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança
Cuiabá / MT
Site: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/index
Telefone: (63) 9988-4412
ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Alucinação: suportar o dia-a-dia como aposta metodológica

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Laíra Assunção Braga
Autor Correspondente: Laíra Assunção Braga | [email protected]

Palavras-chave: Pesquisas com Cotidianos; Crianças; Metodologia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto parte de uma pesquisa de mestrado realizada através do Programa de Psicologia Institucional, da Universidade Federal do Espírito Santo, entre os anos de 2017 e 2019. A referida pesquisa buscou compor um trabalho, junto às crianças, sobre como estas aproveitam as brechas nos discursos e práticas que regulam corpos, gêneros e sexualidades. A pesquisa se deu na maior parte do tempo em duas praças públicas do município de Vitória, no Espírito Santo. Considerando as circunstâncias e condições do campo, as pesquisas com cotidianos se mostraram uma escolha interessante para trilhar o caminho metodológico no trabalho. A partir das considerações de Alves (2015),  Certeau (2014), da música alucinação do compositor Belchior, dentre outros, entendemos que a praça, enquanto campo, convidava a pesquisadora a se colocar em posição de disposição aos diversos rumos que as brincadeiras, conversas e práticas da praça poderiam indicar para a pesquisa. Enquanto ocupava os espaços, a pesquisadora também se tornava praticante dos cotidianos, desse modo, as implicações com o campo apareceram durante todo o trabalho. O percurso apresentado no texto não busca ser tomado como um manual, mas como contribuição para caminhos metodológicos comprometidos com as experiências dos praticantes de cotidianos.



Resumo Inglês:

This text is part of a master's research carried out through the Institutional Psychology Program, of the Federal University of Espírito Santo, between the years 2017 and 2019. This research sought to compose a work, with children, on how they take advantage of the loopholes in discourses and practices that regulate bodies, genders and sexualities. The research took place most of the time in two public squares in the municipality of Vitória, Espírito Santo. Considering the circumstances and conditions of the field, research with daily life proved to be an interesting choice to follow the methodological path at work. From the considerations of Alves (2015), Certeau (2014), of the hallucination music of the composer Belchior, among others, we understand that the square, as a field, invited the researcher to put herself in a position of disposition to the different directions that the games, conversations and practices in the square could indicate for research. While occupying the spaces, the researcher also became a daily practitioner, thus, the implications for the field appeared throughout the work. The path presented in the text does not seek to be taken as a manual, but as a contribution to methodological paths committed to the experiences of everyday practitioners.



Resumo Espanhol:

Este texto es parte de una investigación de maestría realizada a través del Programa de Psicología Institucional, de la Universidad Federal de Espírito Santo, entre los años 2017 y 2019. Esta investigación buscó componer un trabajo, con niños, sobre cómo aprovechan las lagunas en discursos y prácticas que regulan cuerpos, géneros y sexualidades. La investigación tuvo lugar la mayor parte del tiempo en dos plazas públicas en el municipio de Vitória, Espírito Santo. Teniendo en cuenta las circunstancias y condiciones del campo, la investigación con la vida diaria resultó ser una opción interesante para seguir el camino metodológico en el trabajo. A partir de las consideraciones de Alves (2015), Certeau (2014), de la música de alucinación del compositor Belchior, entre otros, entendemos que el cuadrado, como campo, invitó a la investigadora a ponerse en una posición de disposición a las diferentes direcciones que los juegos, conversaciones y prácticas en la plaza podrían indicar para la investigación. Mientras ocupaba los espacios, el investigador también se convirtió en un practicante diario, por lo tanto, las implicaciones para el campo aparecieron a lo largo del trabajo. El camino presentado en el texto no busca ser tomado como un manual, sino como una contribución a los caminos metodológicos comprometidos con las experiencias de los profesionales de todos los días.