Adolescência e drogadicção: uma relação cada vez mais precoce

Ano: 2016 | Volume: 6 | Número: Especial

Autores: Adriana Vasconcelos Bernardino, Bianca da Silva Daniel, Gabriela Sereno Valadão, Luane Vieira dos Santos, Mariane Silva Muniz

Palavras-chave: Adolescência; Drogas; Prevenção.

Resumo Português:

Este trabalho traz uma análise do problema social que se refere ao abuso de drogas por adolescentes que experimentam suas vidas envoltas em um emaranhado de conflitos e transformações, que os levam a experimentarem novas alternativas para fugir da realidade, traçando novos rumos através do uso de substâncias ilícitas, arrasadoras, com conseqüências potencialmente danosas à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Autores como Marques & Cruz (2000) relatam ser a adolescência um momento crítico e temporário de desequilíbrio e de substituições rápidas que põem em questão o equilíbrio normal ou patológico do sujeito. É evidente que se trata de uma fase, onde ocorrem grandes transformações e descobertas. Constituída por um período de mudanças, o indivíduo se modifica física, mental e emocionalmente, tornando-se uma época da vida propícia a riscos, medos e instabilidades (BEE & BOYD, 2011). Apesar de o uso de drogas ser uma prática presente desde os primórdios da humanidade, nas últimas décadas indicadores sugerem que o abuso dessas substâncias vem tomando dimensões preocupantes, sendo utilizadas de forma cada vez mais precoce, trazendo sérios prejuízos à população, principalmente junto aos adolescentes. É, atualmente, um grave problema de saúde pública, sendo essencialmente importante o papel da família coligindo com ações de prevenção do Estado para combater o uso de drogas entre adolescentes, propiciando o investimento em nível de estratégias de prevenção primária, a fim de que os mesmos não se tornem vítimas de um caminho sem volta, o que poderia custar inúmeras vidas.

Resumo Inglês:

This work brings an analysis of the social problem which refers to the drug abuse by adolescents that experience their lives surrounded by a tangle of conflicts and transformations, which lead them to try new alternatives to escape from reality, tracing new directions through the use of illicit and devastating substances, with potentially damaging consequences to their peculiar condition of person in development. Authors like Marques & Cruz (2000) describe the adolescence as being a critical and temporary moment of instability and quick substitutions that call into question the normal or pathological balance of the subject. It is evident that it is about a phase in which occurs great transformations and discoveries. Constituted by a period of changes in which one modifies physical, mental and emotionally, making it a period of life propitious to risks, fears and instabilities (BEE & BOYD, 2011). Although the use of drugs is a present practice since the beginnings of humanity, indicators suggests that in the last decades the abuse of these substances has been growing dangerously, being used each day earlier as time passes, bringing serious harm to the population, especially to the teenagers. It is, currently, a severe public health problem, the family role being essentially important acting together with prevention actions of the State to combat the use of drugs among adolescents, providing investments in a primary prevention strategy level before there is no going back for them, which could cost many lives.