ACESSO E GESTÃO DE ÁGUAS NO BRASIL: consenso ou camuflagem de conflitos?

RTPS - Revista Trabalho, Política e Sociedade

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ISSN: 2526-2319
Editor Chefe: José dos Santos Souza
Início Publicação: 01/07/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Economia, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar

ACESSO E GESTÃO DE ÁGUAS NO BRASIL: consenso ou camuflagem de conflitos?

Ano: 2017 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Cassiana Mendes dos Santos Almeida
Autor Correspondente: Cassiana Mendes dos Santos Almeida | [email protected]

Palavras-chave: Gestão de Águas, Consenso, Conflitos Sociais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente texto trata da apropriação privada da água pelo capital, apresentando as questões de classes que perpassam o acesso a esse bem vital ao ser humano, bem como as relações de trabalho intrínsecas ao debate ambiental. Ao percorrer a história, é possível perceber que a água tem sido transformada numa mercadoria, fato que implica em conflitos, já que muitos não podem pagar por ela. Para amenizar os embates entre as classes sociais, o Estado cria estratégias de gestão, passando a responsabilidade para os grupos envolvidos, a exemplo dos comitês de bacias hidrográficas que agregam desde exploradores até protetores da água. É um recorte do estudo realizado entre 2013 e 2015, durante o curso de Mestrado Profissional em Educação do Campo, ofertado pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, o qual abordou a formação promovida pelo Estado para os membros do Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Verde e Jacaré (CBHVJ), colegiado com atuação no sertão da Bahia. A partir do contexto vivido no Brasil, o artigo questiona se há realmente consenso ou apenas camuflagem de conflitos em torno da gestão pública de águas.



Resumo Inglês:

The present text deals with the private appropriation of water by capital, presenting the questions of classes that cross the access to this vital good to the human being, as well as the labor relations intrinsic to the environmental debate. As you walk through history, you can see that water has been transformed into a commodity, a fact that implies conflicts, since many can’t afford it. To mitigate clashes between social classes, the state creates management strategies, passing responsibility to the groups involved, such as river basin committees that aggregate from explorers to water protectors. It is a cut from the study conducted between 2013 and 2015, during the course of Professional Masters in Rural Education, offered by the Federal University of the Recôncavo of Bahia, which discussed the training promoted by the State for the members of the Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Verde e Jacaré (CBHVJ), collegiate with action in the hinterland of Bahia. Given the context in Brazil, the article questions whether there is a real consensus or just a camouflage of conflicts around public water management.