Pesquisa qualitativa descritiva com objetivo de compreender os limites e possibilidades de docentes de ensino médio em abordar a temática da sexualidade na escola. Os dados foram coletados em 2020 sendo tratados com a Análise de conteúdo, dando origem a três categorias: Desconhecimento ou não reconhecimento de outras sexualidades; Práticas pedagógicas em sexualidade; Silenciamentos e resistências. O estudo evidenciou que a sexualidade é tratada como tema transversal no currículo escolar e que docentes reconhecem a ausência de formação para trabalhar a temática. A postura docente frente a temática foi desde a negação e fixação na matriz biológica, até ao reconhecimento da diversidade sexual. As barreiras citadas para trabalhar a sexualidades na escola foram: falta de formação; medo da reação da família; dogmas religiosos e falta de apoio de colegas e/ou direção da escola. Todas/os interferem frente às atitudes preconceituosas e discriminatórias no ambiente escolar. A maioria demonstrou atitudes de resistência frente às tentativas de silenciamento. Ficou evidenciada a necessidade de investimento na formação de docentes do ensino básico, capacitando-as/os para assumir a educação sexual como um dos papeis da escola proporcionando uma rede de apoio em uma idade em que dúvidas e questionamentos sobre sexualidade permeiam o universo de adolescentes.