A “INTENTONA COMUNISTA” ONTEM E HOJE REPRESENTAÇÕES DO ANTICOMUNISMO NO EXÉRCITO BRASILEIRO

Aurora (UNESP. Marília)

Endereço:
Av. Hygino Muzzi Filho, 737 Bairro: Mirante CEP: 17.525-000 - Marília, SP - Mirante
Marília / SP
17525-000
Site: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/index
Telefone: (14) 3402-1300
ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

A “INTENTONA COMUNISTA” ONTEM E HOJE REPRESENTAÇÕES DO ANTICOMUNISMO NO EXÉRCITO BRASILEIRO

Ano: 2023 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: Douglas Michel Capiotti
Autor Correspondente: Douglas Michel Capiotti | [email protected]

Palavras-chave: Exército brasileiro, Comunismo, Revolução, Ideologia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse artigo tem por objetivo compreender como as Forças Armadas passaram a ser vistas como uma instituição anticomunista, sempre em guarda contra o comunismo e os comunistas. Essa interpretação por parte da sociedade tem repercussão dentro da instituição. Após os levantes militares ocorridos em 1935, pejorativamente chamados de “Intentona Comunista”, se instaurou um amplo processo orquestrado por oficiais generais da época em conjunto com as classes dominantes, visando criar um muro que distanciasse os militares dos ideais de esquerda e justificasse a repressão contra a classe trabalhadora, em cada exigência que incomodasse os donos do poder. Desde os levantes, os ideólogos militares criaram uma narrativa que acusava os militares envolvidos na “Intentona” de traidores da pátria e das Forças Armadas. Essa continuidade narrativa fez chegar até os oficiais generais atuais a mesma interpretação sobre os acontecimentos de 1935, possuindo ainda os mesmos objetivos: repressão aos movimentos populares e da classe trabalhadora, salvaguardando o capitalismo dependente brasileiro.



Resumo Inglês:

This article aims to understand how the Armed Forces came to be seen as an anti-communist institution, always on guard against communism and communists. This interpretation by society has repercussions within the institution. After the military uprisings that took place in 1935, pejoratively called “Communist Intentone”, a broad process was set up, orchestrated by general officers of the time together with the ruling classes, aiming to create a wall that would distance the military from left-wing ideals and justify repression. against the working class, in every demand that bothered those in power. Since the uprisings, military ideologues have created a narrative that accused the military involved in the “Intentone” of being traitors to the homeland and the Armed Forces. This narrative continuity made the same interpretation of the events of 1935 reach the current general officers, still having the same objectives: repression of popular and working class movements, safeguarding Brazilian dependent capitalism.