“Direitos humanos para ‘humanos (in)direitos?”?: Trajetórias de vida e re-existências de jovens e adolescentes a quem se imputa o cometimento de ato infracional

Emancipação

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ISSN: 1982-7814
Editor Chefe: Adriano da Costa Valadão
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Economia doméstica, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

“Direitos humanos para ‘humanos (in)direitos?”?: Trajetórias de vida e re-existências de jovens e adolescentes a quem se imputa o cometimento de ato infracional

Ano: 2024 | Volume: 24 | Número: Não se aplica
Autores: Clara Oliveira Barreto Cavalcante, João Paulo Pereira Barros, Carla Jéssica de Araújo Gomes, Larissa Ferreira Nunes
Autor Correspondente: Clara Oliveira Barreto Cavalcante | [email protected]

Palavras-chave: jovens. adolescentes. ato infracional. direitos humanos. violências.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo objetiva discutir acerca das trajetórias de jovens e adolescentes socialmente produzidos como “humanos indireitos” por lhes ser atribuído o cometimento de ato infracional. Embora jovens negros e pobres sejam os mais vitimados pela violência letal no Brasil, eles carreguem o estigma de algozes dessa problemática e personificam a condição de inimigos sociais, tidos como indignos da garantia de direitos humanos. Trata-se de uma pesquisa-inter(in)venção realizada com sujeitos em cumprimento de medida socioeducativa ou egressos desse sistema no Ceará. Os resultados reiteram que políticas de segurança pública baseadas na guerra e na volúpia punitiva tomam a raça e o gênero como motes de sua estruturação. Junto a isso, os conflitos territoriais cristalizam a morte violenta como um destino aparentemente inevitável. Pautam-se também estratégias de re-existência cotidianas desses sujeitos frente a esse cenário, buscando contribuir com discussões acerca da luta pela garantia de direitos humanos desse segmento social.



Resumo Inglês:

This article aims to discuss the trajectories of young people and adolescents socially constructed as "incorrect humans" because they are attributed with committing a criminal act. Although poor, Black youth are the most frequently victimized by lethal violence in Brazil, they carry the stigma of perpetrators of this problem and embody the status of social enemies, considered unworthy of the guarantee of human rights. This is an intervention-invention study conducted with individuals serving or leaving socio-educational measures in Ceará. The results reiterate that public security policies based on war and punitive voluptuousness use race and gender as the underlying themes of their structure. Furthermore, territorial conflicts crystallize violent death as a seemingly inevitable fate. The article also addresses these individuals' daily re-existence strategies in this context, seeking to contribute to discussions about the struggle to guarantee human rights for this social segment.