Esta reflexão, que toma como corpus a narrativa Cara-de-Bronze, de João Guimarães Rosa,
evidencia a questão da transubstanciação da Idade Média simbólica em Sertão mÃtico literário,
cuja articulação discursiva, entendida como plano simbólico, delineia a busca do sagrado como
ritual de criação poética. Tal criação, ao se edificar em dois nÃveis ficcionais possÃveis, deflagra
uma encenação mÃtico-simbólica, cuja estrutura inscreve o ritual de eterno retorno à s origens
sagradas, seja na instância do humano, seja na do discurso.