A diaconia profética como denúncia ao sexismo: mulheres vivendo com HIV/AIDS e as limitações ao trabalho de prevenção


A diaconia profética como denúncia ao sexismo: mulheres vivendo com HIV/AIDS e as limitações ao trabalho de prevenção

Ano: 2012 | Volume: 27 | Número: 27
Autores: Rogério Oliveira de Aguiar
Autor Correspondente: Rogério Oliveira de Aguiar | [email protected]

Palavras-chave: Diaconia Profética, Sexismo, Vulnerabilidade, HIV/AIDS.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na década de 1980, a AIDS era uma doença que mexia com o
imaginário das pessoas e com as estruturas sociais, culturais,
econômicas e religiosas. Durante muito tempo, a AIDS foi
compreendida como doença dos homossexuais, usuários de
drogas injetáveis e profissionais do sexo. Na década seguinte,
o perfil das pessoas portadoras do vírus HIV, causador da
AIDS, estava mudando drasticamente. O número de
mulheres infectadas pelo HIV aumentava rapidamente. Os
grupos considerados de risco tecnicamente já não existiam
mais. O discurso foi modificado, dando lugar às reflexões em
torno dos comportamentos de risco, no qual todos e todas
estão vulneráveis ao contágio pelo HIV. Nesse contexto, fazse
necessária a pergunta pela vulnerabilidade das mulheres,
vítimas não apenas do HIV, mas também da violência sexista
ocasionada pelo androcentrismo fortemente difundido em
nossa sociedade e que impõe limitações ao trabalho de
prevenção entre o público feminino. É sobre esse assunto que
o presente artigo se dispõe a tratar, utilizando-se de
instrumentais teóricos no campo da diaconia e da teologia
feminista.



Resumo Inglês:

In the 1980s, AIDS was a disease that stirred the imagination
of people and the social, cultural, economic and religious
structures. For a long time, AIDS was understood as a disease
of homosexuals, intravenous, drug users and sex workers. In
the following decade the profile of people with HIV, which
causes AIDS, was changing dramatically. The number of
women infected with HIV raised rapidly. The groups
considered at risk, technically no longer existed. The
discourse was changed, leading to reflection on risk behavior,
where everyone is vulnerable to infection by HIV. In this
context, it is necessary to question the vulnerability of
women. Victims not only of HIV, but also of gender violence
caused by an androcentrism strongly widespread in our
society, which also imposes limitation on the prevention work
among the female audience. It is on this subject that this
study sets out to address, using the theoretical frameworks in
the field of diakonia and Feminist Theology.