Uma análise longitudinal da utilização do paradigma Porteriano no Brasil

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ISSN: 1807-734X
Editor Chefe: Fabio Motoki
Início Publicação: 01/01/2004
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Ciências Contábeis, Área de Estudo: Economia

Uma análise longitudinal da utilização do paradigma Porteriano no Brasil

Ano: 2010 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: Simone Sehnem, Fábio Lazzarotti, Rodrigo Bandeira-de-Mello
Autor Correspondente: Simone Sehnem | [email protected]

Palavras-chave: modelo de porter, estratégia no brasil, estudo bibliométrico, análise longitudinal

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é investigar como e até que ponto Michael Porter continua
atraindo o interesse dos pesquisadores no Brasil vis-à-vis outras possibilidades de explicar e
prescrever a estratégia. O paradigma porteriano foi operacionalizado pelos seus elementos:
grupos estratégicos, estratégias genéricas, modelo das cinco forças e cadeia de valor.
Analisaram-se artigos do EnANPAD de 1998 a 2008 e do 3Es de 2003, 2005 e 2007. Os
resultados apontam um declínio na utilização do paradigma porteriano como eixo principal
das pesquisas em estratégia. Dos seus elementos, as estratégias genéricas e o modelo das
cinco forças são os mais empregados, enquanto que os conceitos de grupos estratégicos e
cadeia de valor são os que menos receberam atenção por parte dos pesquisadores em
estratégia no Brasil. A análise da metodologia e da finalidade da utilização dos elementos
investigados indica que a “vida porteriana” no Brasil foi marcada pelo uso acrítico de seus
conceitos para descrever a realidade da estratégia. Não há evidências de tentativas
consistentes e sistemáticas de testar ou adaptar o paradigma porteriano para o contexto
brasileiro. E, pelo visto, a tendência indica que não haverá.