Apresenta uma visão histórica acerca de como os estudos sobre raças dos médico-legais Cesare Lombroso e Nina Rodrigues foram utilizados para embasarem a criminalização e repressão aos negros. Objetiva destacar os processos violentos usados pelo Estado para a manutenção e controle da morte. Para tanto, utiliza a pesquisa bibliográfica associada ao método dedutivo. Relata que, a necropolítica, enquanto forma do Estado matar, pode ser compreendida por meio da violência e assassinatos praticados pela polícia. Os trabalhos de criminalistas objetivavam corroborar a inferiorização de raças negras e não brancas para fundamentar o racismo e reduzir essas vidas ao descarte. Após a abolição, os mecanismos de punição e controle de corpos negros ainda penduraram e se solidificaram ao longo da história por intermédio da polícia. Salienta que a violência policial atual é perpetuada pelo Estado e, portanto, legitimada. Ademais, aborda a alienação e manipulação histórica negra para minimizar e naturalizar o racismo e os processos de extermínio do negro. Conclui que a compreensão das formas de matar do Estado e a conscientização histórica negra são os pilares da luta contra o racismo, os processos de inferiorização e genocídio aos negros.
It presents a historical view of how studies on race by legal doctors Cesare Lombroso and Nina Rodrigues were used to support the criminalization and repression of black people. It aims to highlight the violent processes used by the State to maintain and control death. To this end, a bibliographical research associated with the deductive method is used. He reports that necropolitics, as a way for the State to kill, can be discovered through violence and murders carried out by the police. The work of criminalists aimed to corroborate the inferiorization of black and non-white races to substantiate racism and reduce these lives to disposal. After abolition, the mechanisms for protecting and controlling black bodies still hung and solidified throughout history through the police. It highlights that current police violence is perpetuated by the State and, therefore, legitimized. Furthermore, it addresses black historical alienation and manipulation to minimize and naturalize racism and the processes of black extermination. It is concluded that understanding the State's ways of killing and black historical awareness are the pillars of the fight against racism, the processes of inferiorization and genocide against black people.