A obra reflete o atendimento de uma pessoa indocumentada, idosa, em situação de rua, que busca a assistência jurídica das instituições nacionais destinadas ao atendimento dos vulneráveis. A história trazida no texto é o reflexo cristalino de milhares de brasileiros, e acaba conduzindo o autor e o leitor à reflexão acerca do acesso à justiça, do direito à moradia, da dignidade da pessoa humana e de todo o emolumento jurídico que muitas vezes se revela ineficaz para a parcela mais vulnerável da população. “O sereno não é morada” é a externação escrita do trilhar de inquietações por um mundo mais justo, é a afirmação categórica de que a credibilidade do albergue da justiça é muitas vezes posta à prova quando pensamos em questões desta natureza.