Ambiguidades do julgamento moral da política: uma crítica hegeliana

Síntese

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ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

Ambiguidades do julgamento moral da política: uma crítica hegeliana

Ano: 2018 | Volume: 45 | Número: 143
Autores: Sérgio Dela-Sávia
Autor Correspondente: Sérgio Dela-Sávia | [email protected]

Palavras-chave: -

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Resumo Português:

Nosso interesse é considerar a amplitude política que pode assumir a crítica hegeliana da moralidade subjetiva. Sabemos que esta não é circunstancial e tampouco anódina na obra de Hegel. Ludwig Siepp nota, com acerto, que a crítica hegeliana à moralidade, tanto na Fenomenologia do Espírito como nos Princípios da Filosofia do Direito, “mantém uma relação central com sua com­preensão da realidade” (2013, p. 183). Entretanto, embora momento fundamental no processo de mediação da liberdade, a posição moral, na medida em que se revela, na sua abstração formal, idêntica ao Bem que deve ser, mostra-se ambígua quanto à extensão de sua legitimidade. Esse equívoco é ainda mais problemático quando fazemos dela princípio de julgamento da ação política. Nossa posição é a de que essa extrapolação transfere para o campo do político o equívoco decorrente da dialética mesma da moralidade. Consideremos, primeiramente, o lugar que ocupa a moralidade no plano da Filosofia do Direito e seus limites críticos para, em seguida, examinarmos o problema decorrente da subsunção da política pelo julgamento moral.