Objetivo: Investigar a prevalência de automedicação de anti-inflamatórios e seu acesso na população adulta do município de Navegantes, Santa Catarina. Método: Estudo transversal descritivo e analítico de base populacional do tipo survey. O instrumento utilizado foi um questionário adaptado, contendo cinco blocos com variáveis sociodemográficas, hábitos sociais, utilização dos serviços de saúde, autoavaliação em saúde e utilização de medicamentos de acordo com o Sistema Anatômico Terapêutico Químico. Resultados: A prevalência de automedicação de anti-inflamatórios foi de 14,8%. Predominaram indivíduos do sexo feminino (53%), faixa etária entre 30-39 anos (30,7%), com ensino fundamental (44,6%), inativos fisicamente (79,5%), porém sem doença crônica (66,3%) e autoavaliação de saúde boa (88,6%). O sexo feminino (53%; p = 0,038), os indivíduos inativos (79,5%; p = 0,003), sem plano de saúde (80,1%; p = 0,018), com doença crônica (33,7%; p = 0,015) e que autoavaliaram sua saúde ruim (11,4%; p=0,002) se automedicaram mais com anti-inflamatórios. Os anti-inflamatórios mais consumidos foram o composto paracetamol/carisoprodol/diclofenaco de sódio/cafeína (39,7%), seguindo da nimesulida (16,2%) e do diclofenaco de sódio (15,6%). Com relação ao acesso e uso de medicamentos, os participantes referiram ter utilizado medicamentos sob influência de outras pessoas (80,1%), reutilizado medicamentos (85,5%), obtido resultado esperado (80,1%), não apresentar efeito colateral (80,1%) e indicar para terceiros (67,4%). Conclusão: Apesar dos inúmeros efeitos colaterais, a amostra estudada faz uso indiscriminado de anti-inflamatórios sem prescrição médica/odontológica.
Objective: To investigate the prevalence of self-medication of anti-inflammatory drugs and its access in the adult population of the city of Navegantes, Santa Catarina. Methods: Cross-sectional, descriptive, and analytical population-based survey. The instrument used was an adapted questionnaire containing five blocks with sociodemographic variables, social habits, use of health services, self-assessment in health, and use of medications according to the Anatomical Therapeutic Chemical System. Results: The prevalence of self-medication of anti-inflammatory drugs was 14.8%. There was a predominance of female individuals (53%), aged between 30-39 years (30.7%), with primary education (44.6%), physically inactive (79.5%), but without chronic disease (66.3%) and good self-rated health (88.6%). The female gender (p = 0.038), inactive individuals (79.5%; p = 0.003), without health insurance (80.1%; p = 0.018), with chronic disease (33.7%; p = 0.015) and who self-rated their poor health (11.4%; p = 0.002) self-medicated more with anti-inflammatory drugs. The most consumed anti-inflammatory drugs were the compound paracetamol/carisoprodol/sodium diclofenac/caffeine (39.7%), followed by nimesulide (16.2%) and sodium diclofenac (15.6%). Regarding access to and use of medicines, the participants reported having used medications under the influence of other people (80.1%), reusing medications (85.5%), obtaining the expected result (80.1%), not having side effects (80.1%) and indicate to third parties (67.4%). Conclusion: Despite the numerous side effects, the analyzed sample made indiscriminate use of anti-inflammatory drugs without a medical/dental prescription.