A educação patrimonial tornou-se temática frequente em debates culturais, ancorada na premissa de que a escolarização seria momento propício para a conscientização sobre o patrimônio histórico e cultural. Nem sempre, contudo, é considerada a distância entre este bem simbólico e os grupos sociais que não possuem as competências internalizadas – tornadas habitus –, necessárias para a apreensão e valorização deste patrimônio, alijados que são da mais elementar condição de cidadãos. Pelo diálogo interdisciplinar entre História, Ciências Sociais e Educação procura-se promover estranhamento sobre a questão, desnaturalizando o olhar sobre a cidade, tomando-a como patrimônio público através da fotografia.
Patrimonial education became a common theme in cultural debates, supported by the premise that education would be a proper moment for raising awareness about historical and cultural heritage. However, the distance between this symbolic property and social groups who lack the internalized skills – made habitus – is not always considered. Such skills are necessary for the apprehension and appreciation of this heritage, as these social groups are jettisoned from the most elementary condition of citizens. For an interdisciplinary dialogue between History, Social Sciences and Education, an estrangement of the question is in order, using photograph as a resource to denature the view of the city, taking it as public property.
